Situação ruim preocupa técnico Antônio Lopes

A ansiedade toma conta de atleticanos e coxas-brancas na véspera do Atletiba que pode marca a história dos dois rivais. Não são apenas os torcedores que sofrem com a pressão. Antônio Lopes, um dos treinadores há mais tempo no mercado, também tem de driblar a ansiedade nesses dias. O Delegado garante que não chega a perder o sono, mas não tem tido boas noites de descanso. “Dormir eu durmo, mas às vezes acordo e aí se bobear vem o pensamento do jogo. Você entra naquela: o que eu vou fazer? Será que vai dar certo, será que não vai? Mas perder o sono totalmente não”, confessou.

A pressão é ainda maior por conta da necessidade que o Furacão tem de vencer o clássico. Agora, é tudo ou nada para o time rubro-negro. Se vencer, e Cruzeiro e Ceará não tropeçarem, só o fato de acabar também com o sonho do rival não trará alívio algum para o treinador e seus jogadores. “Não tem nada de alento. O alento é alcançar nosso objetivo, que é permanecer na Série A”, frisou Antônio Lopes.

Com o time definido, e guardado apenas para si e o grupo de jogadores, o Delegado agora pede tranquilidade emocional. Uma das preocupações é fazer com que o time termine a partida com 11 jogadores em campo. O treinador tem justificativas de sobra para pedir cautela ao seu elenco, já que, em dois dos três Atletibas disputados este ano, o Furacão teve um jogador expulso. Guerrón recebeu cartão vermelho no clássico do primeiro turno do Campeonato Paranaense e Manoel repetiu a dose no jogo de volta, com apenas 8 minutos de jogo na Baixada – partida que fez do Coritiba campeão estadual.

Em ambos, o Atlético acabou derrotado: no primeiro, por 4 x 2; no segundo, por 3 x 0. “Vamos precisar, em se tratando Atletiba, de um equilíbrio emocional grande, já conversamos sobre isso. Não podemos perder o equilíbrio, ter jogador expulso. Vamos atentar para estes detalhes”, reforçou Lopes, ontem, durante a última entrevista concedida antes do clássico.

Além do equilíbrio, o treinador promete um time guerreiro, mote principal para entrar em campo e derrubar o Coritiba amanhã. Lopes defende a tese de que nada pode abater o Atlético no confronto que vale a sobrevivência e manutenção do Rubro-Negro, que há 16 anos está disputando a elite do futebol nacional. “Outra coisa que precisa é espírito de competitividade para uma partida decisiva”, finaliza.