Furacão pode não pagar R$ 4 milhões que faltam por “Morro”

O Atlético entrou em estado de alerta por conta do caso envolvendo o uruguaio Santiago “Morro” García. O jogador foi cortado do banco de reservas no sábado, minutos antes do jogo contra o Santos. Segundo o presidente Marcos Malucelli, “apenas por precaução”.

A diretoria ainda não foi notificada sobre a confirmação do exame que atestou o doping por cocaína do atacante, em exame realizado em material colhido no dia 12 de junho – última partida do atacante pelo Nacional, do Uruguai. Ainda assim, o clube só tomou a medida de evitar utilizá-lo passadas três rodadas desde que o Ministério do Turismo e Esporte do Uruguai confirmou o doping.

O anúncio do doping foi feito no dia 12 de outubro, mas mesmo assim o uruguaio sendo relacionado em dois jogos. “Morro” foi titular contra o Botafogo e ficou no banco na partida com o Ceará.

Nesta semana, o departamento jurídico do Furacão viaja a Montevidéu para acompanhar de perto do caso. Há suspeita de que o Nacional, clube que “Morro” defendia, já sabia do risco, mas negociou o jogador mesmo assim.

Sob suspeitas e incertezas, cresce o risco de o caso acabar na Justiça. Isso faz com que o Atlético estude a possibilidade de suspender o pagamento do restante das parcelas da compra do jogador, o que resultaria em processo que pode acabar na Fifa. Ainda restam 1,7 milhão de euros (R$ 4 milhões) a serem pagos ao Nacional, em até dois anos. A parcela inicial foi de US$ 2 milhões (R$ 3,18 milhões, à época) paga no ato da assinatura do contrato.

“Morro” García, assim que soube do primeiro anúncio do doping, antes mesmo da confirmação da contraprova – apenas com afirmação de que se tratava de um caso de drogas sociais (nome dado a cocaína e maconha) – reuniu os jogadores e assegurou que nunca havia feito uso de qualquer tipo de entorpecente. Porém, dois dias depois saiu a informação confirmando que o doping era por cocaína.