Macuglia teve setembro amargo no comando

O técnico Guilherme Macuglia está prestes a completar um mês à frente do Paraná Clube. Neste período, já se deparou com uma série de dificuldades, que foram desde uma crise de relacionamento, resultando no “afastamento” do vice de futebol Paulo César Silva, até problemas de cartões e lesões, que o impediram de definir uma equipe base. O reflexo disso tudo é que ao longo desses seis jogos o Tricolor tão somente conseguiu “administrar” sua posição intermediária na classificação da Série B.

A troca de comando técnico era uma tentativa de ainda buscar uma arrancada em direção ao G4, posição que o Paraná ostentou durante praticamente todo o primeiro turno. Porém, o projeto não saiu do papel. Nem mesmo com a chegada de novos reforços. Guilherme Macuglia assumiu o clube na 11.ª colocação e após seis rodadas ganhou tão somente uma posição na tabela. Com o novo treinador, o aproveitamento do Tricolor é de 50%. “É claro que todo técnico quer ter uma equipe base definida. Mas sabíamos que isso seria difícil, pois normalmente o mês de setembro é crítico no Campeonato Brasileiro, seja da Primeira ou da Segunda Divisão”, analisa Macuglia.

O técnico já mexeu na estrutura tática, trocou algumas peças, promoveu estreias, mas o Paraná esbarrou em limitações técnicas – e talvez até emocionais – e não conseguiu dar o “salto de qualidade” que seu torcedor sonhava. Salvo as perdas de Júnior Urso (que foi para o Avaí) e Welington (passou por cirurgia de púbis) ninguém conseguiu dar uma justificativa precisa para a vertiginosa queda de produção.

Afinal, durante todo o 1.º turno, mesmo nos momentos de oscilações, o Tricolor conseguiu se manter na área de acesso à elite nacional. Hoje, o objetivo primário passou a ser a busca pela pontuação necessária para evitar qualquer susto na reta final da competição. Mesmo tendo vencido o ASA, na sexta-feira passada, o Paraná se manteve somente quatro pontos acima da zona do rebaixamento. Na teoria, precisa de mais sete pontos nos nove jogos que tem pela frente.

O desempenho atual, de 45,98%, é compatível com a produção do time nas duas últimas temporadas. Em 2009 e 2010, o Paraná somou 53 pontos, ficando em 10º e em 7º lugares, respectivamente. Para chegar ao acesso, somente com um desempenho épico. Seriam necessárias oito vitórias nas nove rodadas que restam para chegar aos 64 pontos – “número mágico” para garantir vaga na primeira divisão do ano que vem. Uma matemática irreal para um time que até agora não conseguiu conquistar uma regularidade ou a confiança plena de seu torcedor.