Copa 2014

Arena da Baixada é o único estádio que ainda não tem obras

A partir de amanhã, o Brasil entrará em contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014. Faltarão exatamente mil dias para o pontapé inicial do grande evento do futebol mundial. Para comemorar, Belo Horizonte irá sediar um evento, com a participação da presidente Dilma Rouseff, no qual será instalado na Praça da Liberdade um relógio com um contador.

Porém, apesar da festa programada, não há muito o que comemorar. A dois anos e nove meses da abertura, que acontecerá no dia 12 de junho de 2014, muita coisa ainda precisa ser feita. Nem mesmo o palco da primeira partida foi definido, com várias sub-sedes na disputa.

Com muitas obras em atrasos, o Brasil corre contra o tempo, e também contra as expectativas, para conseguir ter tudo concluído dentro das metas estabelecidas. Desde que o país foi escolhido como o organizador da competição, em 2007, e as 12 subsedes definidas – em maio de 2009 – pouco se fez e em passos muito lentos.

Das 12 cidades, três estão em um ritmo considerado positivo: Castelão, em Fortaleza, que de acordo com os organizadores está dois meses à frente do cronograma; Mineirão, em Belo Horizonte, e o Mané Garrincha, em Brasília. As demais, passam por vários problemas.

O Maracanã, no Rio de Janeiro, por exemplo, enfrenta uma greve de operários. Mas a pior situação pode ser considerada a da Arena das Dunas, em Natal. As obras estão 17 meses atrasadas em relação ao que era previsto. Somente no mês passado é que a terraplanagem do local foi iniciada. Agora, a expectativa é que tudo esteja pronto apenas em dezembro de 2013.

Aliás, os dois estádios, juntamente com o Beira-Rio e com a Arena da Baixada, são considerados os que mais preocupam. O palco do Internacional está há três meses parado, uma vez que, após a assinatura com a construtora Andrade Gutierrez, ainda falta o conselho do clube aprovar o contrato. Já a casa do Atlético, apesar de haver a promessa de que as as obras começam em outubro, ainda sequer definiu a construtora responsável.

A Arena da Baixada, inclusive, é o único estádio sem uma megaconstrutora por trás das obras. Todas as demais sedes contam com grandes empreiteiras. A Odebrecht é a responsável por nada menos que quatro sedes: Itaquerão, Arena Pernambuco, Fonte Nova (juntamente com a OAS) e Maracanã (junto com a Andrade Gutierrez). A Andrade Gutierrez é responsável por mais outros três estádios: Beira-Rio, Mané Garrincha e Arena Amazônia.

De acordo com o Portal 2014, que fiscaliza todas as obras, Maracanã, Arena das Dunas, Beira-Rio e Arena da Baixada receberam uma espécie de cartão amarelo, o que significa que passam por uma situação apertada, estando no limite do prazo ou parcialmente atrasadas. Já as outras oito sedes receberam cartão verde por estarem dentro do prazo.

Até mesmo a Arena Itaquera, que só se tornou um dos estádios este ano, após o Morumbi ter sido vetado pela Fifa, e que está no início das obras, é vista como dentro do normal, pois só será concluída no final de 2013, começo de 2014.