Brasileiro

Coxa entra desconcentrado em campo e acaba surpreendido pelo Atlético

Depois de 15 jogos com 100% de aproveitamento no Couto Pereira, o Coritiba perdeu a primeira partida da temporada em casa, e justamente em sua estreia no Campeonato Brasileiro. O jogo diante do Atlético-GO marcou o reencontro do Coxa com a primeira divisão e deixou a torcida em alerta. Principalmente, porque quarta-feira o time tem confronto decisivo contra o Ceará, pela semifinal da Copa do Brasil.

Havia até a expectativa de que o Alviverde atuasse com um time misto, ontem, o que não se confirmou. Resultado: com os titulares, o Coritiba foi supreendido pelo Dragão, que venceu por 1 x 0, com gol do atacante Marcão.

Até horas antes do duelo contra o Atlético-GO, o Coxa conviveu com o seguinte dilema: usar reservas, e correr o risco de perder e ver o filme de 2009 se repetir, ou entrar com força máxima, valorizar a volta à Série A e não desperdiçar pontos preciosos em casa. A segunda opção foi a escolhida. O técnico Marcelo Oliveira poderia apostar na volta do zagueiro Jeci e promover a estreia do atacante Everton Costa, mas apenas elegeu Cleiton para substituir o vetado Demerson, e promoveu a volta de Bill, no lugar de Leonardo.

Na teoria, o Coritiba,com força máxima, não tinha como tropeçar no Atlético-GO – o mesmo que perdeu duas vezes na segunda fase da Copa do Brasil, e cujas derrotas provocaram a queda de René Simões. Agora, com Paulo César Gusmão no comando, a qualidade do time goiano, apesar de ainda sofrível, mostrou-se eficiente no jogo retrancado. No primeiro tempo, a melhor oportunidade foi de Anderson Aquino, que chutou rente à trave. Na sequência, Márcio trombou duas vezes com Bill e pediu para sair. Entrou Roberto, e o reserva parecia estar iluminado. Nas poucas bolas que foram em direção à meta, ele voou e salvou todas.

No segundo tempo, o time alviverde deu mostras de que entraria ligado em campo, contrastando com a etapa inicial, quando teve momentos de sono. Foi pressão total. Bill chegou a marcar, mas estava impedido. Rafinha, Bill, de novo, e Léo Gago, numa cobrança primorosa de falta, pararam em Roberto. O Coritiba ainda reclamou que Davi foi derrubado na área, mas o árbitro Cléber Wellington Abade mandou o lance seguir. Parecia que a sorte coxa estava selada, mas aí prevaleceu a máxima “quem não faz, leva”.

E Marcão acabou marcando, após Tiago Feltri cruzar da esquerda num dos vários contra-ataques dados pelo Alviverde. Houve bobeira geral da marcação e o atacante só empurrou para o fundo do gol.
No desespero, o Coritiba se mandou para cima do Dragão, mas os erros dos chutes de Gago só irritavam a torcida, que via com bons olhos apenas o esforço quase isolado de Rafinha, correndo por todos os lados e tentando reanimar um time perdido em campo.

Com muita enrolação na meiuca, pouco criativo e sem precisão nas poucas finalizações, o Atlético-GO foi fazendo cera, cozinhando a partida, irritando o Coxa e garantindo os três pontos, apesar de também não ter mostrado um futebol condizente com a primeira divisão do Brasileiro.