Atlético aposta em Guerrón no comando do ataque

O atacante Guerrón sabe bem o que é enfrentar uma equipe carioca em jogo decisivo. Tem na memória 2008, quando foi campeão da Copa Libertadores em cima do Fluminense, no Maracanã, ainda jogando pela LDU, do Equador.

No jogo de ida, Guerrón, que em seu país tem o apelido de “Dinamite”, deu assistência para o primeiro gol e fez o segundo na vitória de 4 x 2 sobre os brasileiros.

Amanhã, frente ao Vasco, o equatoriano deve ser o único atacante do Atlético, tornando-se a esperança de gols na partida que o Furacão precisa vencer para chegar à inédita semifinal da Copa do Brasil. Mesmo depois dos erros no primeiro jogo contra o time cruzmaltino, na semana passada, o atacante tem total apoio do elenco e do técnico Adilson Batista.

Guerrón pecou na finalização, mas ainda assim segue como um dos artilheiros do Atlético na temporada, com 9 gols, além de ser um dos que mais marcou sob o comando de Adilson.

Já são 3 gols, mesmo número de Paulo Baier. Referência quando se fala em gol, o atacante tem a confiança de todo o grupo. “É essencial para nossa equipe. Um jogador de velocidade que ajuda na marcação também. Não é muito a função dele ser goleador, é mais de velocidade, mas que vem nos ajudando desde o ano passado”, reforçou Branquinho.

Já o lateral-esquerdo Paulinho avalia que com um pouco mais de trabalho de finalização Guerrón chegará ao seu ápice no Atlético – clube que investiu 1 milhão de euros para comprá-lo, cerca de R$ 3 milhões à época.

“É um excelente jogador. Na hora da finalização ele peca, mas não é só ele, é todo mundo. Não tem o que falar dele. É um excelente jogador. É só trabalhar um pouco mais a finalização que é tranquilo”, disse.

Adilson Batista também tem no jogador uma de suas peças mais importantes. Hoje, pela segunda vez trabalhando com o treinador, o equatoriano vive outra realidade.

Quando chegou ao Furacão, o jogador lembrou que no Cruzeiro, com Adilson, era pouco usado e foi dispensado. Mas conseguiu reverter a situação e tem o respaldo do técnico hoje. “Só com o Guerrón tivemos três oportunidades para fazer gols [no primeiro jogo]. Duas com o Madson e a terceira que poderia ter chutado, no segundo tempo”, justificou Adilson, que ainda quer fazer algumas correções no posicionamento do atacante, que sofreu com impedimentos no jogo de ida.

“Em duas ele não estava impedido e criaria mais duas situações [de gol], mas nas outras cinco estava. Precisamos controlar este momento dele de penetração, na hora do passe. Estamos conversando para que ele nos ajude”, destacou Adilson.