É só olhar para as estatísticas recentes. Das últimas seis corridas disputadas na F-1, Sebastian Vettel ganhou cinco: as duas primeiras deste ano e três das quatro últimas de 2010 (Japão, Brasil e Abu Dhabi). Só não venceu todas porque na Coreia do Sul o motor Renault de seu Red Bull quebrou quando ele liderava tranquilamente.
Como parar o alemãozinho? É a pergunta que a categoria se faz. Ainda mais que o único que dispõe de carro igual, seu companheiro Mark Webber, parece ter murchado nesta temporada. Tem um quinto e um quarto lugares, 22 pontos, contra 50 do jovem parceiro e atual campeão. E anda cabisbaixo pelo paddock.
Vettel largou na pole nas duas primeiras etapas do Mundial e, na madrugada de hoje, era o favorito para conquistar a terceira (o treino que definiu o grid acabou às 4h de Brasília).
Das 114 voltas percorridas em Melbourne e Sepang, liderou 109. Mas é o primeiro a colocar os pés no chão: “Na F-1, as coisas mudam muito rápido”, vaticinou ao chegar à Malásia.
É frase feita que muitas vezes corresponde à realidade. Mas, em outras, não. Domínios como o que Vettel ameaça impor à categoria já aconteceram no passado e mesmo mudando rápido, as “coisas” não foram suficientes para impedir lavadas humilhantes como as de Schumacher em 2002 e 2004, Prost em 1993, Mansell em 1992…
A Red Bull tem um carro excepcional e um piloto idem. Toda a movimentação das duas primeiras corridas do ano, agitadas, cheias de paradas nos boxes, pneus se esfarelando, KERS pifando, asa móvel quebrando, passou à margem de Vettel, que ganhou ambas sem ser ameaçado.
Na China, começou o fim de semana na frente de novo. Foi o mais rápido nas duas sessões de treinos livres ontem e deixou a impressão de que não acelerou tudo que poderia. Quem andou um pouco mais perto foi a McLaren, com Mercedes, Renault e Ferrari mais abaixo.
O primeiro dia de treinos foi mais quente do que as equipes esperavam, com temperatura na casa dos 27 graus. Havia previsão de chuva para hoje, o que poderia embaralhar o grid. O GP da China terá 56 voltas e começa às 4h (de Brasília) amanhã.