Eleição na CBF deve terminar na Justiça

Rio de Janeiro 

– A eleição para a sucessão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira (foto), deve terminar na Justiça Comum. O pleito está marcado para 9 de julho e a oposição já se mobiliza para tentar impugná-lo. A chapa liderada pelo advogado Carlos Alberto Oliveira quer ampla participação dos clubes profissionais no processo eleitoral e vai lutar para que os integrantes das Séries B e C do campeonato brasileiro e todos os participantes da Copa do Brasil tenham direito a voto.

Isto elevaria o número de eleitores de 51 para mais de 120, o que tornaria o resultado imprevisível. Pelo edital de convocação da CBF, podem votar na assembléia-geral de 9 de julho as 27 federações estaduais de futebol e 24 clubes, provavelmente os da Série A do Brasileiro. Isso, porém, contraria determinação do Artigo 22 da Lei Pelé, que assegura a formação de um colégio eleitoral democrático.

“Na terça-feira, estarei no Rio para decidir os rumos de nossa campanha. Mas é certo que vamos requerer na Justiça Comum o direito ao cumprimento da lei”, disse Oliveira.

Ele vai travar disputa com Teixeira, que concluirá em dezembro o seu quarto mandato na CBF. Ex-secretário de Justiça de Pernambuco e deputado federal de 1966 a 1980, Oliveira, de 61 anos, promete transparência numa eventual gestão na entidade.

Presidente da Federação de Futebol de Pernambuco, Oliveira pretende criar um comitê executivo, se for eleito, para rediscutir o modelo das competições e o calendário do futebol. Tem a intenção de valorizar os campeonatos estaduais e regionais sem esvaziar o brasileiro.

“Acompanho com grande preocupação o processo eleitoral na CBF. Houve nos últimos um acúmulo de problemas graves na entidade”, comentou Coutinho.

O presidente em exercício da CBF, Nabi Abi Chedid, confirmou que Teixeira vai se lançar novamente à reeleição, o que será formalizado amanhã. Chedid disse que a entidade vai fazer valer o seu estatuto e não demonstrou preocupação com a possibilidade de a disputa eleitoral terminar na Justiça. Ele rebateu às acusações à gestão de Teixeira. “O futebol do Brasil vai muito bem, ninguém tem dúvidas disso, e não procedem as críticas.”

Voltar ao topo