Operário puxa a fila nas camisas e bandeiras

Forasteiros dentro de suas próprias terras, os clubes do interior não querem mais ver suas cidades serem dominadas por camisas e bandeiras de times de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A solução encontrada por eles foi lógica: descobrir que o início do problema era o fato de as torcidas não terem onde comprar a camisa da equipe local.

Um exemplo bem sucedido é o do Operário. Dono de uma das mais fanáticas torcidas do interior paranaense, o clube conta com um quiosque em um shopping da cidade. “Principalmente em períodos de jogo, a movimentação costuma ser boa”, comemora o gestor do Fantasma, Dorli Michels, sem detalhar o volume dos negócios.

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Quem não tem sua loja chega a utilizar a própria sede do clube para vender seus produtos. “Temos boné, chinelo, chaveiro, canecas e camisas, tudo na loja no estádio, pra cativar o torcedor e pintar nossa cidade de verde e branco”, ressalta o diretor de futebol do Arapongas, Sidiclei Menezes.

Cianorte, Roma Apucarana, Iraty e Cascavel também contam com seus locais improvisados para venda de artigos, na sede dos clubes ou em barracas nos jogos. “Eu mesmo vendo camisa pra torcedor ou funcionário aqui na secretaria do clube”, relata o supervisor de futebol do time apucaranense, Ítalo Vasconcelos.

Rio Branco de Paranaguá e Paranavaí são os únicos fora da capital que não contam com um ponto próprio de vendas, embora disponibilizem artigos para venda no comércio local. “Até o ano passado tínhamos uma butique, mas era terceirizada. Ainda assim, quando nos procuram em nossa sede, indicamos um local para que o torcedor possa comprar sua camisa”, ressalta o diretor de futebol do ACP, Lourival Furquin.