Atlético terminou temporada 2010 em alta

O Atlético deixou 2010 para trás. Entre erros e acertos, foi um ano para marcar história, mesmo sem conquistar títulos. Quinto colocado no Campeonato Brasileiro, o Furacão assegurou sua quarta melhor campanha na história da Série A, voltou a colocar o futebol paranaense no top five da competição e garantiu vaga na Copa Sul-Americana, depois de passar 2010 longe das disputas internacionais.

O ano foi tumultuado até a diretoria acertar a mão. Foram quatro treinadores, além de um entra e sai de jogadores. Para chegar ao bom resultado no Brasileiro, que deu direito a sonhar com uma vaga na Copa Libertadores, foi preciso remontar toda a equipe com a contratação de 14 jogadores na metade da temporada.

No começo do Paranaense, o então campeão já começou cambaleando. Na segunda rodada foi derrotado, em plena Arena da Baixada, pelo Operário, recém-promovido da Divisão de Acesso.

O tropeço parecia ter feito o time acordar, e logo após o revés, o Rubro-Negro aplicou a maior goleada do Paranaense, e do ano, ao derrotar o fraco Serrano por 8 x 0.

Mas a luz que parecia ter acendido não foi suficiente para garantir o bicampeonato. Alguns empates e a derrota para o Iraty na primeira fase tiraram o supermando dos atleticanos. Sobrou para Antônio Lopes, demitido após o empate com o Coritiba.

Mesmo iniciando bem o octogonal final, sob o comando de Leandro Niehues, foi justamente contra o arquirrival que o título escapou de vez. Aquela semana de abril, que iniciou com o Atletiba, o último do ano, foi talvez a mais triste para a torcida.

Três dias depois, mesmo com uma festa digna de final, o time sucumbiu frente ao Palmeiras, não passando de um empate por 1 x 1 que custou a eliminação da Copa do Brasil nas oitavas-de-final.

Este jogo marcou ainda o protesto dos torcedores contra a atitude racista de Danilo, ex-Atlético, que na partida anterior havia chamado Manoel de “macaco”, no Palestra Itália.

A torcida fez um manifesto pacífico, ganhando destaque em todo o Brasil. Com faixas e rostos pintados, os torcedores pediram o fim da intolerância no futebol. Antes de chegar ao Palmeiras, o time não conseguiu mostrar força e precisou de duas partidas para eliminar o desconhecido Vilhena (RO) e o Sampaio Corrêa (MA) nas primeiras fases da Copa.

Depois disso, só restava o Campeonato Brasileiro. No começo, o time dava sinais de que fracassaria. Foram duas derrotas e um empate nas primeiras rodadas. A recuperação veio após a paralisação da Copa do Mundo, entre junho e julho.

O jogo da virada foi contra o Flamengo – 1 x 0, na Arena da Baixada – dando início à fuga da zona de rebaixamento. A partir deste jogo, o time conseguiu boas sequências que o levaram ao topo da tabela, com Paulo César Carpegiani já no comando, após Leandro Niehues deixar a equipe na quinta rodada.

O clube chegou a ficar na quarta colocação, já com Sérgio Soares como treinador, mas a ineficácia do ataque foi o algoz da temporada e impediu o Furacão de conseguir outros resultados positivos que o ajudassem a se manter entre os quatro melhores. Ainda assim, com muita superação, a quinta colocação na tabela do Brasileiro salvou o ano atleticano.