Série B

Paraná Clube alimenta sonho de retornar à elite

É notório que o Paraná Clube convive com dificuldades financeiras. Possui uma das menores folhas salariais da Série B (cerca de R$ 300 mil) e poucos recursos para investir em reforços. Um quadro perigoso diante da vertiginosa queda de rendimento da equipe nesta Série B. Com um desempenho pífio pós-Copa, o Tricolor procura soluções imediatas para impedir um mergulho definitivo na zona do rebaixamento.

Na prática, o Paraná só está numa posição razoável por conta da “gordura” acumulada nas sete primeiras rodadas – foram 15 pontos ganhos, rendimento de campeão (71,43%). Nestes jogos, o Tricolor balançou as redes 14 vezes e sofreu apenas 4 gols. Mas, aí, veio o recesso do futebol mundial e com ele a estagnação paranista.

Nas 15 rodadas após a retomada da competição, o time de Marcelo Oliveira só computou 13 pontos: rendimento de rebaixado (28,89%). Míseros 16 gols assinalados e 23 sofridos. É diante desse quadro que o Paraná tenta se “reinventar” para evitar o pior. Da equipe base que iniciou a Série B, meio time já foi mudado. João Paulo, Gilson e Marcelo Toscano foram negociados, Jefferson e Leandro Bocão caíram em descrédito e têm boa cotação para integrarem uma lista de dispensas.

Marcelo Oliveira busca recuperar a mobilização do tempo em que o Paraná conseguiu “tirar seu torcedor de casa” e alimentar um sonho de retorno à elite. “Estamos reforçando o grupo e ainda é possível acreditar”, diz o vice de futebol Aramis Tissot, mesmo reconhecendo o caminho árduo que o Tricolor tem pela frente. Na frieza dos números, o clube teria que conseguir um improvável desempenho de 12 vitórias em 16 jogos restantes para ter chances de figurar no top 4.

Hoje, no entanto, a dura realidade aponta para dificuldades até no que diz respeito à permanência na Série B. Tissot mostra confiança. “Não temo por isso. Vencer cinco ou seis jogos é obrigação”, comentou. Porém, o Tricolor só ganhou três dos últimos 15 jogos. Para evitar a degola, teria que elevar seu desempenho para a casa dos 40%. É tudo ou nada a partir de terça, contra o Duque de Caxias.