Ariel quer R$ 6,6 mi para ficar dois anos no Coritiba

Sem conciliação na primeira audiência, o Coritiba e o atacante Ariel voltam a se reunir no dia 21 perante a Justiça do Trabalho para tentar resolver o imbróglio jurídico entre clube e jogador.

Tanto o Coxa quanto o atleta expuseram propostas para a busca de um acerto, mas a discrepância entre os valores obrigou o juiz Pedro Celso Carmona a adiar uma solução para o caso e marcar nova reunião.

No entanto, uma rodada de negociação nesse meio tempo, entre a diretoria alviverde e o procurador de Ariel, Nazareno Marcollese, poderá resultar num acerto.

“Está existindo uma falta de diálogo do Coritiba com o procurador do atleta”, disse Augusto Mafuz, defensor de Ariel. De acordo com ele, apesar do caso estar na Justiça do Trabalho a solução não está longe. “Se o Coritiba conversar com o agente dele pode surgir uma outra situação”, avisou. E mais: durante a reunião, ele passou o telefone de Marcollese aos dirigentes.

O Coritiba, por sua vez, ofereceu mais do que estava no contrato assinado inicialmente entre as partes. “Eu participei da contratação do Ariel e o preço que pagamos envolvia o tempo de cinco anos”, destacou Jair Cirino dos Santos, presidente do Coxa.

A nova proposta praticamente dobra o salário previsto inicialmente e propõe salário de R$ 50 mil no primeiro ano, R$ 60 mil no segundo e R$ 70 mil no terceiro.

O clube ainda oferece R$ 300 mil de “luvas” e 30% dos direitos econômicos de uma eventual venda futura. “Vamos registrar esse adicional porque temos o interesse que a prestação do serviço continue”, apontou Ivo Harry Celli Júnior, advogado do clube.

No entanto, a contraproposta do atleta foi de R$ 3 milhões de “luvas” e salários de R$ 100 mil no primeiro ano e R$ 200 mil no segundo, sem o terceiro ano, como quer o clube – isso totaliza R$ 6,6 milhões. Diante disso, o juiz questionou se Ariel queria permanecer no Alto da Glória ou não.

“Acertando financeiramente, claro que sim”, afirmou o jogador. No entanto, sem a presença de Marcollese, o impasse segue. “Se tem todo esse problema, e se só o procurador poderia ter resolvido, ele deveria ter vindo”, ressaltou Carmona.

Assim, o juiz auxiliar da 11.ª Vara do Trabalho designou o audiência de instrução para o dia 21 e solicitou a apresentação das provas necessárias de lado a lado para o prosseguimento do processo.

Até lá, um encontro deve ser agendado entre o agente e Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba. E como um novo visto de trabalho precisa ter solicitado com 30 dias de antecedência, conforme o tempo for passando, Ariel vai ficando fora das primeiras rodadas da Série B quando a competição for retomada. Desde já, o gringo já tem prejudicada a sua participação na primeira partida após a Copa, dia 13 de julho, quando o Coritiba recebe o Bragantino, em Joinville.