Paranaense

Coritiba volta a festejar no Couto Pereira

Após muitas decepções em 2009, que culminaram com a queda pra Série B do nacional para o Coritiba, o Estádio Couto Pereira voltou a ser palco de festa para a nação alviverde.

No Atletiba decisivo, o Coxa foi superior tecnicamente ao maior rival e venceu por 2 a 0, conquistado antecipadamente o título de campeão paranaense de 2010. É o primeiro passo positivo para o Coritiba, que ainda terá pela frente muitas dificuldades no decorrer da temporada.

A festa verde e branca teve início antes mesmo da bola rolar, com o torcedor voltando ao Couto Pereira em bom número, o que ainda não havia ocorrido neste octogonal final. E a aposta da torcida foi premiada com uma apresentação segura do Coxa.

Destaque para a velocidade e deslocamento dos baixinhos alviverdes, que desequilibraram e foram fundamentais na construção dos dois gols da vitória sobre o Rubro-Negro. Foi um Atletiba muito aberto e disputado, digno de uma final de competição. E que premiou a equipe melhor equilibrada e com mais disposição.

Ao time da Baixada resta juntar os cacos e levantar a cabeça, já que nesta quarta-feira terá outra decisão. Disputa com o Palmeiras qual equipe passará às quartas-de-final da Copa do Brasil.

Allan Costa Pinto
Até o Vô Coxa ergueu seu troféu de campeão.

Atletiba

As lesões desfalcaram o Atlético para a final antecipada do Estadual contra o Coritiba. Diante desse quadro, Leandro Niehues segurou a escalação até os últimos minutos e surpreendeu a todos.

Manteve o esquema 3-5-2, mas mudou peças nos três setores. Na zaga Vanegas, no meio-campo Tartá e, no ataque, a inesperada entrada de Alex Mineiro, que não atuava desde novembro do ano passado, no Brasileirão.

Com essa formação, o Rubro-Negro pegou o Coritiba de surpresa, que demorou a assimilar a nova movimentação do adversário. Tanto que o Rubro-Negro dominou até os 25 minutos, desperdiçando boas chances, a principal delas com Chico aos 19.

Quando o Coxa acertou o posicionamento, comandou o jogo e cresceu de produção. Criou e desperdiçou a melhor oportunidade do 1.º tempo com Rafinha aos 32. Após o susto, o Furacão equilibrou novamente as forças, o que tornou o clássico extremamente bem jogado.

Domínio verde

Veio o 2.º tempo e o Coritiba sobrou em campo. Logo aos 5 minutos, Rafinha ganhou na velocidade e cruzou para Marcos Aurélio abrir o placar. No minuto seguinte a resposta atleticana, porém o empate não aconteceu graças a uma defesaça de Edson Bastos.

A partir dali, o Atlético deu adeus ao Campeonato Paranaense. O time se abateu e nem mesmo as substituições promovidas por Leandro Niehues foram suficientes para dar novo ânimo. Aliás, a equipe se perdeu em campo e abriu caminho para o Coritiba consolidar a conquista do título.

Baier, que fez um bom 1.º tempo, desapareceu na etapa final. Os atacantes Wallyson e Marcelo foram meras figuras decorativas. Do outro lado, no entanto, Ney Franco manteve seu time equilibrado, principalmente na consistência de Leandro Donizete e Marcos Paulo.

Também graças ao deslocamento de Rafinha e do incansável Ariel. Com essa postura, não demorou para sair o segundo gol alviverde. Geraldo, que havia acabado de entrar no jogo, partiu pra cima de Manoel e só parou ao deslocar o goleiro Neto num bonito arremate, 2 a 0. Foi o golpe de misericórdia no abatido Atlético, que só pode esperar o apito final e observar a comemoração do título do maior rival.

Allan Costa Pinto
Jogadores fazem a festa na comemoração do título estadual.