Marcado para retornar amanhã, mas que pode ser adiado, o Green Hell terá que se adaptar às novas exigências e preocupações do Coritiba para continuar enchendo os olhos dos torcedores que vão ao Couto Pereira.
Em função da invasão de gramado contra o Fluminense no dia 6 de dezembro e também do julgamento que tirou dez mandos de campo na Segundona, a diretoria do Coxa quer tomar todos os cuidados possíveis para que a festa não vire pesadelo.
Por isso, só serão liberados dentro do Alto da Glória materiais que comprovadamente não causem nenhum perigo a torcedores e ao próprio clube na justiça desportiva.
“O Green Hell é um movimento da torcida e com o aval do clube na questão operacional, mas a situação do clube mudou e temos uma preocupação maior com a segurança após os acontecimentos em dezembro e no julgamento”, explica Roberto Pinto Júnior, gerente de marketing do Coritiba.
Por isso, o clube está conversando com os líderes do “Inferno Verde”. “O pessoal do Green Hell vai apresentar o material. Se for seguro para o torcedor e para o clube será liberado. A segurança dos torcedores tem que estar em primeiro lugar”, destaca o dirigente.
A preocupação dele vem das outras edições do próprio Green Hell. “No primeiro Green Hell a gente teve alguns problemas pontuais com as tochas”, revela Pinto Júnior.
E como o jogo é válido pela Copa do Brasil e organizado pela CBF, qualquer problema vai parar novamente no STJD e o clube não é mais réu primário porque foi punido no tapetão e terá que jogar em Joinville. Assim, todo cuidado é pouco. “Não sou especialista em fogos para dizer o que é seguro, então vamos conversar com o pessoal do Green Hell”, pondera.
A tendência é que o “Inferno Verde” no Alto da Glória siga a nova ordem estabelecida para as faixas e para a bateria. “Da mesma forma como tivemos uma adaptação das faixas e da bateria, vamos ter que ter uma adaptação”, completa Pinto Júnior, que lembra que não há um rompimento da diretoria com o movimento, como houve com as organizadas.