Paraná Clube também pensa na Copa de 2014

O assunto ainda não foi sequer levado à pauta do conselho diretor do clube. Mas, um grupo de conselheiros, liderados pelo presidente do conselho de obras, Erivelto Luiz Silveira, já fez alguns avanços no sentido de transformar a Vila Capanema também em uma praça viável para a Copa do Mundo de 2014.

O projeto – ainda superficial -, é um estudo de massa, que evidencia o potencial da área onde está localizado o Durival Britto e a possibilidade de utilizar a reconstrução do estádio para uma obra de revitalização urbana.

“Porque não tentar viabilizar esse sonho?”, disse o geólogo Erivelto Silveira, idealizador do projeto. “Tenho a consciência de que o clube não dispõe de dinheiro, tampouco um investidor. Mas, também não vejo motivo para guardar tudo sob o colchão”, disse o dirigente.

Com isso em mente, o conselheiro já fez esse projeto chegar às mãos do prefeito Beto Richa, do vice-governador Orlando Pessutti e também do ministro Orlando Silva.

“Na verdade, não vejo isso como uma pretensão de ser melhor do que esse ou aquele. A idéia é apresentar um plano B. E com algumas vantagens”, disse Erivelto.

O ponto básico defendido pelo conselheiro tricolor é o fato de que uma obra desse porte, naquela região, representaria muito mais do que a transformação de uma praça esportiva.

“Na verdade, seria uma obra de real revitalização urbana. O ganho seria não só para aqueles que gostam do futebol, mas para toda a cidade de Curitiba”, comentou.

Erivelto Silveira destaca a possibilidade de uma total transformação daquela área, com a reurbanização da Vila Torres e até a recuperação ambiental da bacia hidrográfica do Rio Belém.

“Se vamos precisar de capital externo para adequar nossos estádios para a Copa, porque não transformar esse investimento em um real ganho para a população?”, indaga-se.

Na sua visão, um projeto como esse vai ao encontro de tudo o que anseia o governo federal. “Os recursos que serão aplicados para a Copa devem estar atrelados a uma proposta social. E foi a partir disso que trabalhamos”, comentou.

A partir da sua idéia, os arquitetos Marlon Sanfelice Bohlen e Bruno Tatara Braschi desenvolveram o projeto, incluindo estudos sobre o trânsito, as futuras obras do metrô e um amplo aproveitamento da área para usos que vão além de simples jogos de futebol.

A proposta englobaria também a construção de um ginásio multiuso visando os Jogos Olímpicos de 2016. “É um sonho possível, mas com a união de forças”, destacou Erivelto. Mais do que investidores externos (o projeto também foi encaminhado a alguns empresários ligados à área esportiva), a obra só seria possível com o apoio dos governos federal e estadual.

Até mesmo o “eterno” imbróglio envolvendo a posse do estádio poderia chegar ao fim, segundo Erivelto Silveira. O projeto básico – sem valor estimado – envolveria a construção de um estádio com capacidade para 42 mil lugares, um ginásio para 16 mil espectadores, além de torres de estacionamento, escritórios e hotel.

“Trata-se de uma área de grande potencial e que pode ser transformada na grande praça de eventos esportivos e sociais de Curitiba”, arrematou o conselheiro paranista. “Minha idéia não é política, apenas visa apresentar mais uma opção – e sustentada por um fim social – para a inclusão de Curitiba como sede da Copa.”

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