Sacrifício pode chegar a 24 mil animais em Mato Grosso do Sul

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, estimou hoje (29) que será preciso abater entre 22 mil e 24 mil animais para conter os focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul. A estimativa anterior do ministério indicava necessidade de sacrificar 20 mil animais, mas o número foi revisto por causa dos novos focos da doença surgidos no Estado nos últimos dias. O ministério confirmou três novos casos no município de Mundo Novo o que elevou para 28 o total de focos em Mato Grosso do Sul. Em Mundo Novo, já são cinco os casos confirmados da doença. Em Eldorado, o número de casos chega a 4 e, em Japorã, são 19 os focos da doença.

Até agora, foram abatidos, segundo o secretário, 17 mil animais no extremo sul de Mato Grosso do Sul. Animais que tiveram contato com os animais doentes também são sacrificados, disseram técnicos da secretaria. De acordo com Maciel, há dinheiro suficiente para indenizar os pecuaristas que tiveram seus rebanhos sacrificados. "A chuva atrapalhou os trabalhos iniciais, mas agora as ações seguem ritmo normal", comentou.

A Medida Provisória 265 prevê R$ 33 milhões para ações de combate à aftosa em Mato Grosso do Sul e também no Paraná, caso os exames laboratoriais confirmem a doença no rebanho paranaense. Deste total, R$ 20 milhões serão gastos com as indenizações. Até agora, o secretário calculou que foi gasto R$ 1 milhão com as indenizações. "Dinheiro não falta", ressaltou.

Maciel destacou o convênio fechado entre Brasil e Paraguai para reduzir os riscos de circulação de animais portadores do vírus da febre aftosa nos quase mil quilômetros de fronteira seca entre os dois países. "Sem vizinho, ninguém faz nada", disse. O acordo prevê, entre outros pontos, o controle e vacinação conjunta e assistida dos rebanhos bovinos de todas as propriedades rurais localizadas a 25 quilômetros de distância da divisa dos territórios brasileiro e paraguaio.

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