O chefe da Casa Civil, deputado estadual Caíto Quintana, afirmou nesta terça-feira (31), durante entrevista coletiva realizada no Palácio Iguaçu, que permanece na atual função até quando o governador Roberto Requião quiser.
?Houve conversas sobre uma possível ida minha para o Tribunal de Contas (TC) caso houvesse uma vaga. Mas, por razões constitucionais, pessoais e por manifestações de companheiros políticos, as conversações pararam. Vamos, então, continuar trabalhando pelo governo e por todos os paranaenses?, disse Caíto Quintana, que será candidato à reeleição a deputado estadual. O prazo de desincompatibilização para candidatos com cargos no executivo é abril do ano que vem.
Quanto ao convite feito ao conselheiro do TC Rafael Iatauro para assumir uma vaga no governo, o chefe da Casa Civil afirmou que Iatauro tem representatividade e importância política no Paraná e que ?segura e merecidamente poderá fazer parte da administração Roberto Requião, mas a decisão passa a ser do governador?. Caíto Quintana disse que conversou com Requião e houve um consenso quanto à sua permanência no cargo.
Caíto admitiu ainda que a atividade política de longos anos – está em seu sexto mandato na Assembléia Legislativa – e a afeição que tem ao processo Legislativo fizeram com que ele pensasse em retomar à função de deputado. ?Mas conversei com o governador e percebemos que, neste momento, temos um trabalho a ser feito na Casa Civil?.
Mudanças
Segundo o chefe da Casa Civil, após todo este período de dúvidas e especulações, houve a percepção de que o trabalho deve ser redobrado e muitas ações na articulação política devem ser modificadas. ?Temos de articular ainda mais politicamente com os secretários, com os chefes de núcleos regionais e funcionários, que são os representantes do governo nas diversas regiões do Estado. Deve haver uma extensão regional maior?.
Caíto Quintana afirmou também que já está articulando de forma ainda mais próxima com os parlamentares, corrigindo possíveis equívocos, e propôs, no caso da imprensa, fazer reuniões com jornalistas pelo menos uma vez por mês para esclarecer quaisquer dúvidas quanto a posições, ações e o funcionamento do Governo. ?Estamos, nós do Executivo e os deputados, todos no mesmo barco. E o resultado do grupo é a soma para uma boa avaliação do Governo e não interessa a ninguém divergências?.
Na opinião do chefe da Casa Civil, o fato de secretários de Estado que venham a ser candidatos e deputados terem a mesma base eleitoral não prejudica o andamento das ações do governo. ?Os secretários têm de ter a consciência de não otimizar o cargo. E, por outro lado, não têm mandatos. Agora, o Paraná não é um feudo onde as regiões são de ‘propriedade’ de uma só pessoa. Os municípios não são de exclusividade de um só candidato. Mas os secretários têm de comunicar aos deputados suas ações administrativas nas regiões?.
Durante a entrevista, Caíto Quintana destacou ainda que o governador Roberto Requião é candidato à reeleição e que o PMDB é unânime quanto a esta decisão. ?Não há voz discordante no partido quanto à reeleição do Requião?, disse, lembrando que os peemedebistas estão abertos a conversas com todos os partidos.