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Fábricas de refrigerantes e sucos não farão mais comerciais para crianças

Fabricantes de refrigerantes e sucos artificiais não vão mais fazer publicidade direcionada a crianças. A medida foi anunciada pela Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), que tem 51 empresas associadas.

Segundo a assessoria de imprensa da entidade, a alteração segue uma tendência mundial do setor. Engajada em grupos internacionais que discutem a questão, a Abir tinha o compromisso de realizar a mudança, que planejava “há muito tempo”.

A associação considera que cabe aos pais decidirem quais produtos os filhos vão consumir, e não às crianças. Por essa razão, a ideia é não atingir o público infantil (menores de 12 anos) com as peças publicitárias.

A decisão é não veicular mais comerciais com conteúdo de apelo infantil nem comerciais de refrigerantes ou sucos artificiais em programas cuja audiência seja formada por pelo menos 35% de crianças.

Malefício

Pesquisa divulgada ano passado pelo IBGE revela que a Região Sul tem o maior percentual de crianças com menos de 2 anos de idade que tomam refrigerante ou suco artificial: 38,5%, enquanto a média nacional é 32,3%. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, essas bebidas são ricas em açúcares e totalmente contraindicadas para a faixa etária. A grande preocupação dos médicos é com a obesidade infantil, já que o excesso no consumo destes produtos pode causar diabetes. Outro risco é o de sobrecarga no rim, devido à grande quantidade de sódio contida nos conservantes.