África do Sul cobra mais transparência da China sobre situação econômica

O ministro das Finanças da África do Sul, Nhlanhla Nene, disse que a China precisa ter mais transparência sobre sua situação econômica para que os outros países emergentes possam reagir melhor à sua desaceleração econômica.

A economia chinesa cresce no ritmo mais fraco em seis anos. Economistas e investidores mostram mais dúvidas sobre a confiabilidade dos dados econômicos do país. Além disso, a desvalorização do yuan e a volatilidade no mercado de ações geram preocupações sobre a situação da segunda economia mundial.

“Em relação à China, a menos que saibamos o que está acontecendo, não seremos capazes de nos planejar com antecedência”, disse Nene em entrevista concedida em Lima, onde o FMI e o Banco Mundial estão a realizando sua reunião anual. “Nos EUA, a razão pela qual as tensões têm reduzido é porque tem havido uma comunicação constante.”

No auge do boom das commodities, a África do Sul se juntou ao Brasil, Rússia, Índia e China na formação dos Brics – bloco de mercados emergentes de rápido crescimento. Mas, assim como nos outros participantes, o crescimento econômico da África do Sul diminuiu juntamente com o enfraquecimento da demanda chinesa por matérias-primas.

A África do Sul é um importante fornecedor de minério de ferro e outros recursos para a China. “A China tem sido um dos maiores consumidores de nossos materiais”, disse Nenê. “Isso tem caído e que tem um impacto.” Nene disse que com o enfraquecimento da demanda chinesa China, a África do Sul precisa se concentrar em novos mercados e agregar valor a suas matérias-primas antes de exportá-las. “Estamos mudando a abordagem de nossas exportações”, disse ele.

Nene disse que a África do Sul e outros países do Brics precisam trabalhar juntos a fim de retomar o crescimento econômico. “Uma abordagem coordenada para nossos desafios parece ser a melhor saída”, disse ele. Fonte: Dow Jones Newswires.

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