Operação Patriota

PF prende Wagner Canhedo Filho como ‘líder de organização criminosa’

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 9, em Brasília, o empresário Wagner Canhedo Filho, apontado como “líder de organização criminosa” alvo da Operação Patriota. A ordem de prisão preventiva do empresário foi expedida pela 10.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. Segundo a PF, durante a investigação “foi descoberto um esquema ilícito para ocultar bens e receitas oriundas do grupo econômico sob investigação com o objetivo de não saldar o enorme passivo tributário e trabalhista do qual é devedor”.

A PF informou que “o modelo de ocultação de bens utilizava empresas de fachada para movimentar bens, simular empréstimos e blindar o patrimônio dos integrantes do esquema criminoso investigado”.

As empresas do grupo empresarial sob investigação têm o valor de aproximadamente R$ 800 milhões inscrito em Dívida Ativa da União.

Segundo a PF, após a deflagração da operação, e apesar das medidas cautelares aplicadas, constatou-se que o dirigente do grupo empresarial sob investigação continuou a ocultar o seu patrimônio, inclusive com a utilização de outras empresas que só foram descobertas durante a busca e apreensão.

A Patriota foi deflagrada em 22 de maio de 2015, quando a Polícia Federal desencadeou uma série de ações que tinham por objetivo investigar os crimes de fraude à execução, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária, associação criminosa e de falsidade ideológica.

Uma semana após a deflagração da Patriota, o empresário voltou a depositar valores nas contas bancárias de uma empresa de fachada. Em agosto, informa a PF, foi efetuado um saque de R$ 1,2 milhão, “em uma manobra que objetivava livrar o seu patrimônio da execução fiscal e de bloqueios judiciais”.

A defesa de Wagner Canhedo Filho não foi localizada.

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