Após 13ª rodada, governo mantém compromisso de novos leilões a cada 2 anos

Após o fraco resultado da 13ª Rodada de concessões de áreas exploratórias, o governo vai manter o compromisso de realizar a cada dois anos novos leilões. A afirmação é do secretário executivo de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Almeida. Apesar do compromisso, Almeida disse que não há prazo para a realização de um leilão de áreas do pré-sal, prevista inicialmente para o próximo ano. Segundo ele, o resultado vai afetar a curva de produção e o ritmo de investimentos do País.

“O governo assumiu o compromisso de pelo menos a cada dois anos realizar uma rodada e vai manter o compromisso”, afirmou Almeida em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 7, após o término da 13ª Rodada.

O secretário executivo ponderou, entretanto, que “não tem nenhum prazo a dar” sobre a próxima rodada de áreas do pré-sal – principal interesse das grandes petroleiras internacionais. A previsão inicial era que a segunda rodada desse tipo, no modelo de partilha de produção, ocorresse em 2016.

Questionado se o resultado do leilão de hoje indicaria uma rejeição das empresas ao atual modelo de concessões do pré-sal, que limita à Petrobras a operação única e participação com 30% de todos os consórcios, Marco Antonio Almeida afirmou que o modelo é “uma decisão política”.

“O que existe é legislação que restringe operação. Decisão de operadora única foi política e pelo entendimento do governo continua sendo necessária”, disse Almeida. Segundo ele, o modelo seguirá “enquanto o Congresso assim decidir”.

Por outro lado, o secretário executivo reiterou que a ausência da Petrobras influenciou outras companhias a não participar do leilão. “É uma sinalização que a ausência da Petrobras pode ter induzido ausência de outras empresas. Ela tem conhecimento grande e capacidade importante, a ausência dela pode ter desestimulado outras empresas”, completou.

Almeida afirmou ainda que o governo não tinha sido informado da ausência da estatal na rodada. “A Petrobras não informou o governo de que não participaria e o governo não perguntou. O governo não pergunta às empresas sobre a participação”, disse.

O secretário também avaliou que o fraco resultado do leilão terá impacto sobre a curva de produção da estatal. “Evidente que vai haver redução do ritmo de investimento, e mexer na curva de produção. Mas seremos exportadores de petróleo”, afirmou.

Voltar ao topo