PMI de Serviços do Brasil cai para 41,7 em setembro ante 44,8 em agosto

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços no Brasil caiu para 41,7 em setembro, de 44,8 em agosto, segundo pesquisa da Markit. Com isso, o PMI composto, que considera também a atividade no setor industrial, recuou para 42,7 em setembro, de 44,8 em agosto. Resultados abaixo de 50 pontos indicam contração da atividade, enquanto leituras acima dessa marca apontam expansão.

O PMI de serviços foi pressionado por uma queda acentuada no volume de produção, com os entrevistados citando uma demanda mais fraca, em meio à situação econômica desafiadora e dificuldades de fluxo de caixa. O volume de novas encomendas teve a retração mais forte desde março de 2009. A baixa no indicador de emprego, por sua vez, foi a segunda mais forte em seis anos e meio.

Enquanto isso, a inflação ao produtor continuou elevada em setembro, no maior nível desde março de 2007 (início da série histórica), influenciada sobretudo pela valorização do dólar. A inflação ao consumidor também foi a mais elevada já registrada na pesquisa.

Apesar desse cenário extremamente negativo, as empresas de serviços se mantêm relativamente otimistas, esperando uma melhora nas condições nos próximos 12 meses. O índice de otimismo atingiu em setembro o maior nível desde fevereiro deste ano.

“A economia em recessão do Brasil observou uma aceleração nas reduções dos volumes de produção e de novos negócios no setor de serviços como um todo em setembro. Na verdade, a demanda por serviços foi a mais fraca desde a crise financeira global, ressaltando a extensão da recessão no País”, diz no relatório a economista da Markit Pollyana de Lima.

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