Evolução da confiança de serviços reflete trajetória ruim da economia, diz FGV

A evolução da confiança do setor de serviços ao longo do terceiro trimestre reforça a trajetória de desaceleração da atividade, apontou nesta segunda-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na média de julho e agosto, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 8,0% em relação ao segundo trimestre, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 8,9%.

Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) de serviços recuou 0,7% em relação aos três primeiros meses do ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a queda foi de 1,4%, a maior da série histórica, iniciada em 1996 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O perfil de resultados desfavoráveis em ambos os componentes do Índice de Confiança no terceiro trimestre aponta para a continuidade da tendência de desaceleração da atividade econômica do setor nos próximos meses”, afirmou a FGV, em nota.

Em agosto, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 4,7%, resultado determinado pela percepção sobre a situação atual, que piorou 9,6%. Segundo a FGV, a deterioração ocorreu principalmente no indicador de situação corrente dos negócios (-11,6%).

Ao todo, 8,6% das empresas avaliam a situação dos negócios como boa (de 9,5% em julho), enquanto 53,8% apontam o momento como ruim (de 47,5% no mês passado). Além disso, a percepção dos empresários sobre a demanda atual recuou 7,4%.

As expectativas também pioraram em agosto (-1,7%). O otimismo com a evolução da demanda nos três meses seguintes, principal fator negativo, caiu 2,2% em relação a julho.

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