BC da Nova Zelândia deve afrouxar mais sua política monetária

O presidente do Banco Central da Nova Zelândia, Graeme Wheeler, reiterou nesta quarta-feira que mais cortes na taxa de juros devem ser necessários, para impulsionar o crescimento econômico e elevar o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

“Nós acreditamos que a economia está atualmente crescendo a uma taxa anual de cerca de 2,5%. Para manter o crescimento em torno de seu potencial e levar de volta a inflação para seu nível desejado de médio prazo, deve ser necessário mais afrouxamento monetário”, disse Wheeler em discurso.

Neste mês, o BC neozelandês cortou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 3,0%, após uma redução anterior em junho. Os cortes mais recentes marcam uma reversão para a Nova Zelândia, que destoava do mundo em comparação com os níveis de juros muito baixos nos EUA, no Japão e em nações da Europa.

O país elevou seus juros quatro vezes no ano passado, encorajado pelo aumento na demanda asiática por seus produtos lácteos, pela força do mercado imobiliário em sua maior cidade, Auckland, e pela necessidade de reconstrução após um furacão na segunda maior cidade do país, Christchurch.

Economistas esperam agora que o banco central continue a cortar os juros nos próximos meses, para ajudar a impulsionar a inflação, enquanto se protege a economia de uma forte queda nos laticínios, principal produto de exportações do país.

Wheeler apontou que os preços de exportação para o leite em pó integral recuaram 63% desde fevereiro do ano passado e que há potencial para mais baixas.

A inflação anual está atualmente em 0,4%. O mandato do BC do país é para mantê-la em entre 1% e 3%. Segundo Wheeler, a previsão é que ela retorne a esse nível no primeiro semestre de 2016. Fonte: Dow Jones Newswires.

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