Fiesp levará nova proposta para imposto sobre folha de pagamento ao Senado

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promoveu na manhã desta segunda-feira, 6, um encontro com mais de 100 presidentes de sindicatos, federações e entidades de todos os setores da economia para discutir uma nova proposta para o projeto de elevação do imposto da folha de pagamento. Segundo o presidente da entidade, Paulo Skaf, foi construído um consenso e uma proposta de aumento linear do imposto deve ser levada ao Senado.

“O objetivo da reunião era buscar um consenso, no sentido de todos setores falarem a mesma linguagem, tanto a indústria como o comércio, agricultura, serviços, transporte. E isso nós conseguimos”, afirmou. Skaf não deu nenhum detalhe sobre a proposta, mas disse que a ideia é não sobrecarregar um setor em detrimento de outro. Ele reconheceu, no entanto, que sacrifícios são necessários. “Se não entendermos que há necessidade de haver tolerância, compreensão com o ajuste fiscal, nós não vamos avançar”, comentou.

Segundo Skaf, os representantes que participaram do encontro vão tentar marcar um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e também com o vice-presidente da República, Michel Temer, que agora é o responsável pela articulação política do governo. A ideia é que a reunião aconteça nesta quarta-feira (08), mas a data ainda não está confirmada. “Somos nós que estamos pagando a conta, então a ideia é que a proposta seja ouvida com atenção pelo Congresso”, disse.

O presidente da Fiesp não quis dar números, para evitar polêmicas precoces e porque a proposta ainda será apresentada ao Congresso. Questionado se a “proposta linear” defendida pela Fiesp prevê uma alíquota nova de 2,5% para o imposto sobre a folha de pagamento, ele se recusou a responder.

Skaf também foi perguntado sobre os setores que conseguiram tratamento diferenciado durante a tramitação do projeto de lei que trata da reversão da desoneração sobre a folha na Câmara. “Nossa proposta não pretende prejudicar ninguém”, se limitou a responder.

Na forma atual, a reversão da desoneração vai gerar desemprego e prejudicar a economia, avalia Skaf. “Queremos algo que prejudique menos o setor produtivo, minimizando os efeitos negativos sobre a economia e, ao mesmo tempo, atendendo, ainda que seja parcialmente, às necessidades do ajuste fiscal”, explicou.

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