Ano será de transição para construir bases para crescimento sustentável, Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira, 20, que o ano de 2015 será de transição para construir bases sólidas para a retomada do crescimento sustentável. Em discurso no encerramento do XVII Seminário de Metas para a Inflação, o chefe da autoridade monetária brasileira afirmou também que as medidas de ajuste, embora contracionistas no curto prazo, ajudarão a recuperar a confiança de empresários e consumidores.

“Neste ano, a economia brasileira passa por processo de ajuste importante e necessário. O ano de 2015 será um ano de transição, com vistas à construção de bases mais sólidas para a retomada do crescimento econômico sustentável à frente”, afirmou Tombini.

“A expectativa é de um desempenho fraco no primeiro semestre, com ligeira melhora a partir da segunda metade deste ano e um desempenho mais favorável em 2016, como consequência dos ganhos de competitividade decorrentes da depreciação cambial, da melhora da confiança dos agentes e da melhora dos fundamentos macroeconômicos resultantes dos ajustes atuais”, acrescentou.

Para 2015, segundo o presidente do BC, a expectativa é de que haja expansão do setor agropecuário, com mais um recorde anual para a safra de grãos. “Esperamos, por outro lado, crescimento modesto do setor de serviços e retração do setor industrial”, disse.

No setor industrial, o desempenho não será homogêneo. O segmento extrativo deve registrar expansão neste ano, com aumento da produção de minério de ferro e de petróleo, mas o segmento de transformação deve ter retração, afirmou Tombini.

“Pelo lado da demanda, o consumo das famílias deve crescer de forma moderada, em linha com a distensão do mercado de trabalho e com a desaceleração da expansão dos rendimentos e do crédito. O investimento, por sua vez, deve retrair-se, influenciado, principalmente, pela ocorrência de eventos não econômicos”, disse o presidente do BC.

O setor externo, por sua vez, deve ter contribuição positiva com a expansão do volume exportado e alguma contração do volume das importações, na visão do BC.

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