Senadores da base aliada elogiam governo por MP que eleva CSLL de bancos

Senadores de partidos da base aliada elogiaram na manhã desta sexta-feira, 22, a decisão da presidente Dilma Rousseff de editar a Medida Provisória 675, que eleva de 15% para 20% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) recolhida por instituições financeiras, incluindo bancos, seguradoras e administradoras de cartões de crédito.

Em discursos no plenário, parlamentares do PT, do PDT e do PP avaliaram que o setor bancário e financeiro também precisam contribuir para o ajuste fiscal.

“Essa medida que o governo anuncia de taxar os bancos, claro, é uma medida muito simpática, primeiro porque o lucro dos bancos, comparativamente a todo o setor produtivo, é sempre muito maior. O produto do banco é o dinheiro, e esse produto é valioso. Então, sempre é um setor privilegiado na economia por conta dessas condições”, afirmou a senadora Ana Amélia (PP-RS).

Segundo a parlamentar gaúcha, cada vez que se aumenta um tributo não é o banco que vai pagar. “Quem vai pagar é o tomador do dinheiro. Nesse aspecto, também, consequência sempre haverá, o remédio sempre produzirá uma sequela, o remédio nunca vai ser a solução”, afirmou.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), disse que o ajuste não pode penalizar somente o trabalhador. “Por que não vamos para o capital? Todo trimestre, uma coisa é certa neste país: os bancos lucram bilhões, bilhões e bilhões. A presidenta agora tomou uma medida”, afirmou.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que Dilma tomou uma decisão correta, que deve elevar a arrecadação para o ajuste em até R$ 4 bilhões. “Ainda é pouco, até porque, em vez de subir de 15% para 20%, podia dobrar para 30%”, disse. Para ele, não seria um “sacrifício” aos bancos a ponto de prejudicar o funcionamento, uma vez que o lucro das instituições é “muito alto”.

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