Dados de emprego indicam piora do mercado de trabalho, diz Banco Fator

Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) referentes ao mês de março divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “seguem indicando significativa deterioração no mercado de trabalho”, na avaliação do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

Conforme o IBGE, a taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 6,2% em março, ante 5,9% em fevereiro. Já o rendimento médio real dos trabalhadores registrou queda de 2,8% em março ante fevereiro. Na comparação com março de 2014, houve queda de 3,0%.

“A desocupação aumentou em relação ao mesmo mês do ano passado e na comparação com fevereiro, ajustando a série por fatores sazonais. A piora, nas duas bases de comparação, se deu por uma queda na população ocupada e alta na população economicamente ativa”, afirmou o economista, em relatório.

Para Gonçalves, desde a PME de dezembro já está colocado no cenário a expectativa de que a “a aceleração da inflação no curto prazo, e sua manutenção acima do teto da meta ao longo do ano, corroa a renda das famílias e eleve a População Economicamente Ativa (PEA) ao tempo em que reduz a População Ocupada (PO)”. Segundo ele, essa perspectiva “se confirma no primeiro trimestre do ano e deve continuar nos próximos meses”.

O economista avalia ainda que a retração de atividade econômica vai continuar afetando a massa de rendimentos e criando um cenário de ciclo de piora. “As perspectivas são de efeito contracionista da queda da renda sobre o consumo e, portanto, sobre a atividade corrente e esperada.”

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