CPFL tem interesse em oportunidades, diz presidente, sobre ativos da Petrobras

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr., afirmou nesta quarta-feira, 18, que a companhia sempre tem interesse em oportunidades que permitam à empresa crescer. O executivo destacou que a CPFL pode analisar a atratividade de adquirir ativos de geração da Petrobras e de distribuição da Eletrobras, além de outros ativos e empresas. No setor elétrico é dado como certo que a Petrobras e a Eletrobras venderão ativos para enfrentar o cenário adverso do momento.

A Petrobras sofre com as denúncias da Operação Lava Jato e a dificuldade em conseguir divulgar o balanço auditado referente a 2014, enquanto a Eletrobras foi vítima da perda de competitividade originada na edição da medida provisória 579, a MP de renovação das concessões, de 2012.

“Sempre temos interesse, a companhia está crescendo. Fazer investimento neste tipo de ativo é a perspectiva de criação de valor. Mas temos que olhar qual tipo de oportunidade seria essa e avaliar em relação a outras oportunidades que estamos trabalhando”, afirmou Ferreira, em citação específica a uma possível venda de térmicas a gás da Petrobras.

Ferreira destacou que também tem interesse nos ativos de distribuição da Eletrobras e em outras oportunidades no segmento de distribuição, já que este é um mercado que se sustenta em função da captura de sinergias e ganho de escala. “Todo ativo que se junte ao nosso e permita a geração de sinergia está na lógica da consolidação. Tanto que no mundo inteiro você não vai encontrar um país que tenha mais de 60 distribuidoras”, disse Ferreira, em referência ao que acontece no Brasil. A CPFL é a maior distribuidora de energia do setor privado e opera oito distribuidoras, espalhadas por apenas quatro Estados (São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul).

Recursos

Ferreira acredita que a companhia não teria dificuldades em levantar capital caso seja necessário para viabilizar uma aquisição, mas lembra que a situação do País é particular diante do atual cenário econômico brasileiro. “O momento de levantar capital é desafiador para qualquer empreendedor no Brasil, mas não temos esse problema. No começo do ano tivemos que fazer refinanciamento de mais de R$ 2 bilhões, então temos acesso a capital de financiamento e também podemos usar estratégia de ações. Não acho que neste momento essa seja uma preocupação da companhia”, afirma. Outras questões, como o 4º ciclo tarifário das distribuidoras e a renovação das concessões, são aspectos igualmente importantes neste momento.

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