Bradesco e Icatu prevêm expansão menor da economia no ano

O resultado do IBC-Br em janeiro, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, confirma a perspectiva de retração da economia brasileira. “A queda do IBC-Br reforça nossa expectativa de retração do PIB no primeiro trimestre”, escrevem os analistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, chefiado pelo economista Octavio de Barros.

O IBC-Br recuou 0,11% na passagem de dezembro para janeiro, já descontados os efeitos sazonais. Esse resultado teve como base de comparação a retração de 0,6% verificada em dezembro. O dado de janeiro ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado de 0,20%, calculada pelo AE Projeções. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador caiu 1,75%, acumulando queda de 0,40% nos últimos 12 meses.

Na avaliação do economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo,a atividade brasileira começou 2015 mal, com o “pé esquerdo”. “Os indicadores antecedentes também mostram um cenário de atividade bem fraca no primeiro trimestre. A queda de 0,11% (margem) corrobora quadro de fraqueza”, afirmou.

Ao avaliar os números divulgados pelo BCl juntamente com indicadores de demanda doméstica, o economista ressaltou que a sinalização é de que tanto a oferta como a demanda interna estão enfraquecidas. “Agora, as duas variáveis estão andando mais ou menos próximas. Oferta tem desacelerado junto com a demanda. Reforça um resultado ruim para o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre”, analisou.

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