Recuo nos preços de refino ajuda a conter IPP de outubro

O recuo nos preços de duas atividades importantes fez com que o resultado do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de outubro ficasse abaixo do registrado em setembro, apesar da pressão cambial, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segmento de refino de petróleo e produtos de álcool teve queda de 0,32% nos produtos na porta de fábrica em outubro. Já a fabricação de máquinas e equipamentos registrou redução de 0,06%.

“Eu chamo atenção que nesse mês de outubro a gente teve uma desvalorização cambial forte, de mais ou menos 5%. Esperava-se um impacto maior do câmbio (sobre o IPP), mas, nesse mês, movimentos internos fizeram com que a taxa não superasse a de setembro”, justificou Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE. O IPP de outubro ficou em 0,67%, após uma taxa de 0,95% em setembro. O setor de refino teve um peso de 11,15% no cálculo do indicador no último mês, enquanto máquinas e equipamentos responderam por 4,26%.

“No caso de refino, o álcool e o querosene de aviação diminuíram de preço e foram responsáveis pela queda. O álcool tem a ver com época de safra de cana-de-açúcar, e o querosene de avião tem caído mesmo. Numa comparação de logo prazo, ele já vem caindo. A gasolina não teve um movimento extraordinário no mês”, explicou Brandão.

Em relação a máquinas e equipamentos, o IBGE não identifica uma explicação objetiva para a redução de preços, mas aponta queda nos aparelhos de ar-condicionado central. “Numa época em que está começando o verão, é estranho. Pode ser um reposicionamento de alguma grande empresa, que pode estar aproveitando esse momento para aumentar as vendas”, cogitou o gerente do IPP.

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