Tailândia quer aumentar importação de produtos de MG

A Tailândia quer aumentar a corrente comercial com o Brasil dos atuais US$ 4 bilhões para US$ 12 bilhões nos próximos cinco a dez anos. Minas Gerais deve contribuir com a exportação de produtos alimentícios enlatados, como atum, móveis e cooperações nos segmentos têxtil e de etanol, avalia o embaixador da Tailândia no Brasil, Pitchayaphant Charnbhumidol, que esteve neta segunda-feira, 11, pela primeira vez em Belo Horizonte, na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

“Queremos equilibrar a balança comercial entre a Tailândia e Minas Gerais. Hoje, vendemos US$ 30 milhões de produtos ao Estado (peças do setor automotivo, componentes eletrônicos, computadores) e Minas nos vende US$ 1 milhão (soja, pedras preciosas, itens de ferro e aço, couro)”, disse. No caso dos alimentos, o foco em enlatados é consequência da distância entre os dois países. “Comprarmos produtos in natura fica difícil pela distância. Mas estamos avaliando a instalação de fábricas de carne bovina, suína e frango para processamento local”, declarou.

No segmento de etanol, o embaixador quer um acordo de cooperação para fins de consumo, como limpeza, e, em têxteis, troca de tecnologias e aumento de compras de itens nacionais. Além disso, o embaixador informou que a Tailândia prevê receber 40 mil brasileiros neste ano e aumentar esse número para 60 mil em 2015. Ele está há cinco meses no País e já visitou São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Manaus (AM), Santa Maria (RS) e Vitória (ES).

Têxteis

O presidente do Conselho de Administração da Cedro Têxtil, ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e vice-presidente da Fiemg, Aguinaldo Diniz Filho, disse que o setor tem capacidade para atender à demanda externa. “Por ano, produzimos 9 bilhões de peças e avançamos muito em design e tecnologia” declarou.

Diniz Filho ponderou, no entanto, que câmbio e custo Brasil são os principais desafios para o setor têxtil na questão de incrementar as exportações e resgatar a competitividade do segmento no mercado mundial. “Temos esses dois principais desafios para superar”, declarou. O câmbio, conforme ele, está tirando a competitividade do Brasil e impulsionando as importações de produtos.

O executivo também mencionou sobre a falta de acordos bilaterais que impulsione as vendas externas. Sobre a Tailândia, Diniz Filho disse que é um país estratégico. “Temos que manter a prospecção, e que se transforme em negócios. Da Tailândia conseguiremos acessar vários países asiáticos”, declarou.

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