Austrália descarta elevar sanções contra a Rússia

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, não está considerando elevar as sanções contra a Rússia. O premiê explicou que o governo está focado, por enquanto, em recuperar as vítimas australianas dos destroços do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia.

“Nós já temos sanções contra a Rússia. Não estou dizendo que não podemos, a algum ponto no futuro, avançar ainda mais. Mas, no momento, nosso foco não são as sanções”, disse a repórteres.

Nas últimas duas semanas, Abbott teve várias conversas por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele tem dito que Putin está cooperando com os esforços internacionais para recuperar os corpos das 298 pessoas mortas quando o voo MH17 da Malaysia Airlines caiu no leste ucraniano, em região controlada por rebeldes pró-Rússia. Há fortes evidências de que a aeronave foi atingida por um míssil terra-ar e os EUA e aliados responsabilizam a Rússia pela queda da aeronave.

A Austrália introduziu em 19 de junho sanções financeiras e proibições de viagens a 50 pessoas e 11 entidades que colaboram com a ameaça da Rússia à soberania da Ucrânia. Hoje, União Europeia e EUA reforçaram as sanções contra a Rússia. Barack Obama e aliados também alertaram que os russos estão fortalecendo a fronteira com a Ucrânia com tropas e armamentos.

A Austrália perdeu 28 cidadãos no desastre de 17 de julho. O governo australiano patrocinou uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para que os separatistas ucranianos colaborem com o processo de recuperar os corpos das vítimas. O texto também pede acesso total dos investigadores internacionais ao local da queda. No entanto, novos conflitos entre separatistas e tropas ucranianas têm impedido os representantes da Holanda e da Austrália de chegarem ao local. Fonte: Associated Press.

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