IBGE

Paraná confirma liderança na produção nacional de grãos

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011, divulgado na manhã desta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), o Paraná confirmou a retomada da posição de liderança na produção nacional de grãos, com participação de 20%. Em seguida vem o estado do Mato Grosso, responsável por 19,9% da produção. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica produção da ordem de 151,2 milhões de toneladas, superior em 1,2% à safra recorde de 2010 (149 milhões de toneladas).

No final do ano passado, as estimativas do IBGE e da Confederação Nacional de Abastecimento (Conab) apontavam uma inversão na liderança da produção de grãos, com Mato Grosso na ponta do ranking, seguido do Paraná.

A área a ser colhida em 2011, de 48,1 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 3,3%, frente à área colhida em 2010. As três principais culturas, que somadas representam 90,5% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o arroz, o milho e a soja, respondem por 82,3% da área a ser colhida e registram, em relação ao ano anterior, variações de 1,6%, 1,9% e 1,8%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz e a soja apresentam, nessa ordem, acréscimos de 12,7% e 0,7%, enquanto que o milho, decréscimo de -1,6%.

Entre as grandes regiões, esse volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: Região Sul, 60,3 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 55,1 milhões de toneladas; Sudeste, 16,5 milhões de toneladas; Nordeste, 15,1 milhões de toneladas e Norte, 4,2 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões Norte, 4,5%, Nordeste, 27,6% e Centro-Oeste, 4,9% e decréscimos na Sudeste, 3,1% e Sul, 5,9%.

Variação dos produtos

Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, treze apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (57,4%), amendoim em casca 1.ª safra (6,6%), arroz em casca (12,7%), batata-inglesa 1.ª safra (13,8%), batata-inglesa 2.ª safra (12,1%), feijão em grão 1.ª safra (30,5%), feijão em grão 2.ª safra (17,4%), mamona em baga (59,4%), mandioca (5,8%), milho em grão 2.ª safra (0,4%), soja em grão (0,7%), sorgo em grão (6,1%) e triticale em grão (17,8%). Com variação negativa: amendoim em casca 2.ª safra (10,7%), aveia em grão (24,5%), batata-inglesa 3.ª safra (5,3%), cacau em amêndoa (3,4%), café em grão (9,3%), cana-de-açúcar (9,3%), cebola (4,5%), cevada em grão (10,9%), feijão em grão 3.ª safra (9,6%), laranja (2,6%), milho em grão 1.ª safra (2,9%) e trigo em grão (18,3%).

Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal vinculada ao Ministério da Agricultura, também anunciou nesta quinta-feira (10), uma nova previsão de recorde para a safra de grãos 2010/2011. Pelo novo levantamento, o Brasil deve colher aproximadamente 154,2 milhões de toneladas de grãos este ano. Esse é o sexto levantamento desta safra.

O número representa um aumento de 3,4%, o que equivale a aproximadamente 5 milhões de toneladas a mais que a safra passada, que atingiu 149,2 milhões de toneladas. Com relação ao último levantamento, realizado em fevereiro, a produção cresceu 0,7%, o que representa 1,1 milhão de toneladas. A área cultivada também registrou um aumento de 3,1%, chegando a 48,9 milhões de hectares.

Segundo as informações levantadas pela Conab, o motivo do crescimento é a ampliação de áreas de cultivo do algodão, do feijão 1.ª e 2.ª safras, da soja e do arroz, aliada à boa influência do clima no desenvolvimento das culturas. Entre elas, o algodão apresenta o maior crescimento percentual em área, com cerca de 56% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Esse resultado pode levar a uma produção de 1,9 milhão de toneladas de pluma, ou seja, 756 mil t a mais que na safra passada, que registrou 1,2 milhão de toneladas.

A área plantada com soja teve uma ampliação de 2,4%, e alcançou 24 milhões de hectares. A produção, por sua vez, cresceu 2,3%, chegando a 70,3 milhões de toneladas. A colheita do grão começou no Rio Grande do Sul e continua nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.