As vendas do comércio no Paraná aumentaram em 11,5% em setembro, na comparação com o mesmo mês em 2009 pela Pesquisa Mensal de Comércio realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A expansão e a tendência de novos avanços com a proximidade do final do ano foi celebrada pelo setor varejista, porém, o desempenho ficou abaixo da média nacional que fechou em 11,8% de alta.
“O ano tem sido bastante positivo para o Paraná e todo o Brasil e, com a chegada das festividades, a expectativa é de que o varejo registre um volume de vendas e faturamento ainda maiores”, explicou o chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos.
O Rio de Janeiro apresentou alta de 13%, mas houve locais em que o comércio avançou até 76,8% na comparação com setembro de 2009, como o que foi verificado em Tocantins. Se observar a evolução das vendas desde 2003 no Brasil (confira o quadro) fica clara a expansão do setor em todo o território nacional.
Quanto aos riscos da expansão do crédito que ajudou substancialmente a evolução desses números do comércio, Santos descarta qualquer ameaça no médio prazo.
“Os números da economia ainda mostram um bom nível de pagamento”, comentou. No acumulado do ano, as vendas no Paraná cresceram 10,5%, em relação ao mesmo período do ano passado.
As vendas do setor supermercadista, que têm um grande impacto na composição do índice, foram 7,3% mais elevadas na comparação com setembro de 2009. No ano, o grupo acumula 6,4% de alta no volume de vendas.
Os segmentos do comércio que demonstraram maior vigor nos primeiros noves meses do ano são: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (alta acumulada de 50%), e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (21% de crescimento no ano).
O comércio de livros, jornais, revistas e produtos de papelaria no Paraná também chamou atenção com alta de 19,8% entre janeiro e setembro de 2010. Para o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o Paraná enumerou ao longo do ano diversos resultados econômicos positivos, a exemplo da liderança nacional na produção industrial com crescimento de 5,7% em setembro, em comparação a agosto.
“Tivemos alta de 22,5% na produção industrial sobre mesmo período de 2009, a maior elevação do Brasil. Quando a indústria está aquecida, novos empregos são gerados e o consumo no comércio é uma consequência direta”, avaliou.