CNI é contra CPMF e quer melhor gestão dos gastos

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou hoje ser contrário à recriação da CPMF. “Temos que nos mobilizar. Somos contra. Os governadores têm de encontrar outra solução. Não é possível aumentar mais a carga tributária da sociedade”, comentou, referindo-se a 14 dos 27 governadores eleitos, que apoiam a volta do tributo.

Segundo Andrade, a CPMF é um imposto de má qualidade e incide de forma cumulativa na cadeia produtiva, o que não é conhecido pela população. “Tem produtos que terão impacto de até 8% no aumento de custo. Isso quem paga não é a indústria ou o empresário, é a sociedade”, disse. Para ele, os cidadãos vão pagar o imposto de “forma dissimulada, pois não conhecem quanto está pagando”. Ele destacou que o “País hoje clama por transparência”, o que deve incluir assuntos de ordem tributária.

Para o presidente da CNI, a CPMF é uma contradição, considerando a necessidade do governo de ampliar o ajuste fiscal para que ocorra a redução dos juros e da tendência de apreciação do câmbio. Ele destacou que, ao invés de renascer o imposto, seria mais importante para o País melhorar todo o processo de gestão dos recursos públicos, sobretudo os direcionados à área da saúde. “Qualquer empresa privada, quando tem dificuldade financeira, reduz os seus custos, e o País não está pensando isso”, disse.

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