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Produção agrícola paranaense perde valor

Os problemas climáticos do ano passado, durante os plantios das duas safras de milho e da safra de soja, fizeram com que o Paraná fosse um dos estados com maior perda de participação no valor da produção agrícola nacional, de 2008 para 2009.

Se, há dois anos, o Estado respondia por 14,8% do valor total e ocupava a segunda posição em importância, em 2009 a taxa caiu para 11,8% e a posição, para o quarto lugar.

A análise faz parte da última pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento identificou apenas dois municípios paranaenses, ambos da região dos Campos Gerais, entre os 50 que mais contribuíram com o valor da produção agrícola do País: Castro, com R$ 357,65 milhões, e Tibagi, com R$ 266,57 milhões.

Ambos os municípios, porém, perderam participação em relação ao ano anterior. Em Castro, a queda foi de 12% e em Tibagi, de 30,7%. Este, o maior produtor nacional de trigo, experimentou uma queda de 31,3% na produção do item – a redução é bem maior que as médias nacional (-16,1%) e estadual (-19,1%). Ainda assim, o Paraná contribuiu com quase metade (49,1%) da produção nacional, e atingiu um valor de R$ 995 milhões.

Vários municípios paranaenses foram destaque na cultura de feijão, item em que o Estado é líder, respondendo por 22,6% da produção. Castro aparece na primeira posição, seguido de Prudentópolis. Reserva, Irati, São Mateus do Sul e Tibagi também aparecem entre os 20 maiores produtores nacionais do item. O produto gerou R$ 914 milhões ao Paraná, ano passado.

No caso do milho, em que o Paraná é o principal produtor nacional, a produção caiu 27,7% em relação a 2008, ficando em 11,3 milhões de toneladas. “Problemas climáticos, tanto no plantio de primeira safra quanto no de segunda safra no Paraná, determinaram redução do rendimento médio da cultura”, apontou o IBGE, em seu relatório. O Estado não teve nenhum município entre os 20 primeiros do ranking nacional.

Já as lavouras de soja, cultura mais importante do País e do Estado, sofreram o mesmo problema que afetou o milho. O Estado, que também não teve nenhum município entre os 20 maiores produtores nacionais, sofreu uma redução de 20,3% na produção, em relação a 2008.

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