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Cabo de fibra ótica se rompe e Sul fica sem internet

Uma obra no entorno da rodovia Régis Bittencourt, a BR-116, entre Curitiba e São Paulo, causou transtornos no acesso à internet de milhares de paranaenses, catarinenses, principalmente. É que, durante os trabalhos, na manhã de ontem, dois cabos de fibra ótica que a operadora GVT utiliza para o tráfego de dados de seu serviço de banda larga entre a capital paulista e a Região Sul do País foram rompidos, na região de Campina Grande do Sul. Os serviços começaram a ser normalizados no meio da tarde.

Os cabos rompidos não são exclusivos da GVT e nem só empresas de telecomunicações o utilizam, mas também bancos e outras companhias que precisam enviar e receber grandes quantidades de dados. De acordo com a área técnica da GVT, esse tipo de transmissão tem um sistema de segurança, chamado de redundância, que é acionado quando acontece algum problema. Porém, o rompimento também atingiu o sistema reserva.

A empresa não precisou quantos usuários foram afetados. Isso porque, mesmo com a falha, muitos deles não ficaram completamente sem poder utilizar a internet. Isso porque nem todo o tráfego de dados da GVT passa por aquela linha. O acesso à maior parte dos sites, no entanto, era bastante lento. A empresa classificou o problema como “oscilações” nos acessos.

Como resultado, inúmeras reclamações eram postadas em redes sociais como o Twitter. Nem só usuários residenciais, mas grandes empresas que utilizam o sistema também sofreram. A Copel, por exemplo, teve problemas, já que também utiliza serviços da GVT. Clientes corporativos de outros estados brasileiros também tiveram problemas pontuais, segundo a companhia. Nesse caso, foram afetados os clientes que usam a rede de banda larga para telefonia sobre internet.

A área técnica informou, ainda, que depois de identificado o problema, o conserto é relativamente rápido. De acordo com o setor, o conserto mais viável é a troca de todo o conjunto que fica entre dois pontos. A percepção do problema é imediata, já que a rede é monitorada 24 horas por dia. A demora no restabelecimento das comunicações é relativa ao tempo de chegada dos técnicos ao local do rompimento e à troca dos cabos ou sua recuperação.

De acordo com especialistas no assunto, durante o restabelecimento do serviço a provedora do acesso à internet pode desviar o tráfego interrompido por outros caminhos. Porém, como o desvio tem que ser feito manualmente, a comunicação pode demorar a voltar.