Obras da Usina Hidrelétrica Mauá liberadas

O Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pelas Copel e Eletrosul, emitiu segunda-feira (21) a ordem de serviço ao consórcio construtor responsável pela implantação da Usina Hidrelétrica Mauá, no Rio Tibagi, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, na região central do Paraná.

As primeiras ações no local incluem a limpeza, terraplanagem e organização do canteiro de obras e dos alojamentos. De acordo com os prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina deve entrar em operação comercial a partir de 2011.

A liminar que condicionava a implantação da Hidrelétrica Mauá à realização de avaliação ambiental integrada prévia em toda a bacia do Tibagi foi suspensa por despacho do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Gomes de Barros, na última sexta-feira.

Nos autos, Gomes de Barros destaca que os estudos ambientais relativos à Usina Mauá foram feitos de acordo com o que estabelece a lei e que “não há, portanto, risco de que a proteção ao meio ambiente seja esquecida”.

O ministro deferiu o pedido de suspensão apresentado pela União por considerar que a referida liminar “provoca imediato dano grave à ordem administrativa e potencial lesão absolutamente nefasta à economia pública”.

Projeto

A potência instalada total da Hidrelétrica Mauá será de 361 MW, energia suficiente para atender a cerca de 1 milhão de pessoas, sendo 350 MW instalados na casa de força da usina principal e mais 11 MW na pequena central hidrelétrica que será implantada ao pé da barragem, aproveitando a vazão sanitária que será mantida entre a barragem e o canal de fuga da usina principal para gerar energia. A casa de força será construída na margem direita do Tibagi, próxima à foz do Ribeirão das Antas, no local conhecido como Poço Preto.

Etapas

Durante os próximos seis meses, toda infra-estrutura do canteiro de obras será erguida na margem direita do Rio Tibagi, em Telêmaco Borba: escritórios, centrais de concreto e de britagem e oficina, além da adequação da rede elétrica, água e esgoto para os alojamentos e refeitórios.

Na metade desse prazo, deverá ser dado início à primeira etapa da obra propriamente dita – a construção do túnel por onde o Tibagi será temporariamente desviado enquanto no seu leito natural são erguidos os dois maciços da barragem. O empreendimento deve gerar em torno de 1.500 empregos diretos e mais 700 indiretos.