Mesmo com greve, fila na BR-277 acaba

A fila de caminhões na BR-277, sentido Paranaguá, terminou na madrugada de ontem. Por conta da operação padrão dos trabalhadores avulsos do Porto de Paranaguá, outros funcionários do local (dos setores do silo público, de operação e do pátio de triagem) começaram a auxiliar nos trabalhos de competência dos avulsos, o que pôs fim à fila.

Para buscar uma solução à reivindicação dos trabalhadores foi realizada uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ontem, que se prolongou durante a noite, e o resultado não chegou a ser conhecido.

O problema na estrada foi ocasionado por conta de uma operação padrão e também porque o Conselho de Autoridade Portuário de Paranaguá (CAP) suspendeu durante a semana quatro ordens de serviço que regulamentavam a logística para a descarga de grãos.

Durante a operação padrão, os trabalhadores avulsos, que inclui estivadores, vigias, arrumadores, consertadores, bloco e conferentes, atendem apenas dois caminhões por hora, enquanto que o normal são 70 veículos. Eles reivindicam que a carga horária volte a ser 6 por 11 de folga, e não 6 por 18. Segundo eles, o Ogmo (Órgão de Gestão de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário Avulso do Porto) estipulou esse novo horário. Durante toda a semana, a reportagem tentou contato com representantes do Ogmo, mas não obteve retorno.

Ontem, uma audiência pública entre representantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná e do Ministério Público Estadual discutiu os problemas dos trabalhadores do setor portuário, juntamente com representantes sindicais. A audiência ocorreu em Paranaguá. Não houve acordo. Segundo o chefe da Seção de Relações do Trabalho da Superintendência, Fábio Lantmann, já são cerca de 900 ações trabalhistas no setor, principalmente no que se refere às horas-extras. ?A maior parte deles trabalha em sistema de rodízio, faz as seis horas duas vezes por dia. Mas os trabalhadores avulsos não podem trabalhar 12 horas, pois eles ganham por produção. Se depois da 6.ª hora não houver trabalho, eles não ganham. Por isso querem as horas-extras?, comentou Lantmann.

Greve dos auditores

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) obteve ontem liminar favorável ao mandado de segurança coletivo impetrado na Justiça Federal contra a greve dos auditores da Receita Federal no Porto de Paranaguá. A liminar, concedida pelo juiz federal substituto Carlos Komorowski, determina um prazo máximo de cinco dias para a liberação das mercadorias importadas ou destinadas à exportação paradas no porto em conseqüência da greve.

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