A soldado do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Curitiba, Lilian Vilas Boas, 32 anos – que pode ser punida com prisão após fazer um ensaio fotográfico que visava o empoderamento das mulheres – disse que está acompanhando a repercussão da mídia de perto. Ela agradeceu todas as manifestações e mensagens de apoio que tem recebido.
Nota enviada pela assessoria de imprensa do caso da bombeira informou que Lilian está impedida de dar entrevista para a imprensa e que, segundo o regulamento interno da corporação, é obrigatório que a soldado tenha autorização para prestar declarações.
Por meio da assessoria, Lilian se disse satisfeita por estar surgindo um “movimento muito positivo para alertar a sociedade de como as mulheres são tratadas dentro das corporações militares e fora dela, e também por estar levantando a questão da coerência das normatizações aplicadas nos dias de hoje”.
A assessoria esclareceu ainda que o advogado responsável pelo caso, Dr. Luiz Carlos dos Santos da Trindade, especializado em lei militar, está recorrendo à sentença estipulada pela tenente Gisele Machado, de oito dias de detenção pelo ensaio. Parte das fotos eram sensuais e mostravam os seios de Lilian – essas imagens teriam causado a polêmica.
A pena não foi aplicada porque ainda cabe um recurso. O resultado do formulário de apuração por transgressão disciplinar – nome do procedimento investigatório – foi publicado no boletim interno dos bombeiros na última sexta-feira (22).