Após ser noticiado

Viaturas fazem fila para retirada de 21 corpos que estavam empilhados no IML

A movimentação de viaturas de funerárias é grande na manhã desta sexta-feira (29), na Avenida Visconde de Guarapuava, Centro de Curitiba. Pelo menos 21 dos 135 corpos acumulados no Instituto Médico-Legal (IML) vão ser enterrados.

Conforme o Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), a remoção vai aliviar um pouco a superlotação que enfrenta o IML, que já estava com corpos empilhados. “Acreditamos que, se próximas ações como essas forem feitas nos próximos dias, logo o problema estará resolvido”, considerou Leandro Cerqueira Lima, presidente do sindicato.

Apesar de o trabalho começar a ser feito, o presidente do Sinpoapar alerta que é preciso que tudo seja resolvido com urgência. Isso porque a capacidade de acondicionamento do IML é de aproximadamente 60 corpos e, mesmo com a liberação destes 21, ainda restam 114, segundo as informações oficiais.

“Se próximas ações como essas forem feitas nos 
próximos dias, logo o problema estará resolvido”, 
considerou Leandro Lima.

Os corpos, parte considerados indigentes e outra de cadáveres que não foram reclamados por familiares, vão ser encaminhados a um cemitério da Zona Sul de Curitiba, onde serão enterrados. A prefeitura de Curitiba informou, por meio da assessoria de imprensa, que conforme edital de licitação, transporte e urna funerária (caixão) ficaram por conta das funerárias.

A escolha das funerárias se deu por processo randômico (soteio, feito através de computador). A Prefeitura arca com o lote e com a construção da gaveta individual, que tem custo de R$ 1.000 a R$ 1300,00 e vai ser realizado por equipe própria.

A medida foi tomada depois de ser noticiado que 170 corpos estavam empilhados no interior do IML. Boa parte destes corpos é de pessoas que morreram em 2014. Segundo o Sinpoapar, as câmaras frias já não estavam dando conta do armazenamento e as condições de trabalho no local estavam péssimas, por causa do problema.