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Curitiba tem maior número casos autóctones de dengue já registrado

Nos quatro primeiros meses do ano, Curitiba já registra sete casos autóctones – contraídos dentro do próprio município – de dengue. Embora pequeno, esse é o maior número de casos locais da doença já registrado pelo município desde o ano 2000 – quando começa a série histórica. Em 2015, foram três casos autóctones e, em 2014, dois. Antes desses, a capital nunca havia registrado um caso local da doença.

O número também é recorde quando considerados os pacientes que contraíram dengue em outras cidades e buscam tratamento em Curitiba. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde divulgados nesta quinta-feira (7), já são 380 casos importados confirmados. Durante todo o ano passado, foram apenas 251.

Colabora para esse quadro a epidemia de dengue em Paranaguá. Do total de casos importados, 156 são provenientes da cidade do Litoral do estado. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, Paranaguá já registra 3.493 casos confirmados da doença e 8 mil suspeitos.

Em fevereiro, o secretário de Saúde de Curitiba, César Titton, já vislumbrava um cenário complicado para os próximos meses para a cidade. A combinação de dias mais quentes e uma cidade próxima em epidemia indicavam a possibilidade da capital registrar casos autóctones da doença. Na época, ele afirmou que o desafio seria evitar a transmissão sustentada, o que poderia levar o município a perder o controle da situação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em todos os casos de dengue, é feita uma ação de bloqueio – que consiste em uma varredura num raio de 300 metros a partir da casa do pacientes infectado – para acabar com pontos de proliferação do mosquito. A intenção é evitar que o Aedes aegyptipique uma pessoa contaminada e passe a disseminar o vírus.