Violência na pista

Curitiba registra queda de 17,5% no número de mortes no trânsito em 2015

Curitiba registrou queda de 17,5% no número de mortes no trânsito em 2015 e o número, se comparado com 2011, quando os dados começaram a ser acompanhados, se aproxima do ideal apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A informação foi divulgada nesta terça-feira (5), pela prefeitura da cidade. Segundo os números, em 2015 foram 42 mortes a menos do que em 2014.

Os dados são do programa Vida no Trânsito e apontam que em 2014 foram 226 mortes. Já em 2015, foram 184 pessoas que morreram em 179 acidentes (cinco destes acidentes resultaram em duas mortes cada um).

As principais vítimas, conforme análise programa, são pedestres, homens e jovens entre 20 a 29 anos. Apesar disso, a preocupação do projeto também envolve os idosos, mas a redução se deu, em partes, pelas medidas tomadas para conscientizar os motoristas e também pelo respeito às leis de trânsito.

Segundo o que foi divulgado, o número de mortes no trânsito vem caindo desde 2011, quando foram 310 mortes, e a queda é de 40%. Com tais indicadores, Curitiba se aproxima da meta estabelecida pela ONU, que é a redução de 50% das mortes em relação a 2010. Essa é uma meta prevista pela prefeitura para ser alcançada em 2020.

A secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli, atribuiu a queda à fiscalização eletrônica, principalmente na área central da cidade. A chamada Área Calma, que gerou muitos burburinhos quando passou a vigorar em novembro de 2015, com o máximo de 40 km/h, já estaria apresentando os primeiros resultados.

Segundo a prefeitura, a comparação entre os meses de outubro, novembro e dezembro de 2014 e 2015 apontou que foram seis mortes na região central no ano anterior contra uma morte depois que o projeto foi implantado. A prefeitura, contudo, reconhece que ainda é cedo para atribuir à redução nos casos de mortes à diminuição de velocidade e que vários fatores interferem nas estatísticas.

Pelo levantamento, de cada dez mortes no trânsito, sete ocorreram em ruas e avenidas. Os demais óbitos foram registrados nas rodovias e na Linha Verde. Apesar do número de mortes ser maior nas ruas, os dados dos trechos rodoviários são mais alarmantes: nos contornos Sul e Norte, por exemplo, a média foi de uma morte por quilômetro no ano passado.