Não vem ao Paraná

Dilma adia inauguração no Aeroporto Afonso Pena

A inauguração oficial das obras de ampliação do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba – que seria realizada nesta quinta-feira (24) – foi adiada por tempo indeterminado por causa da ausência da presidente Dilma Rousseff (PT). A Infraero dava como certa a presença da petista, mas, no fim da tarde de quarta-feira (23), cancelou o evento, depois que a assessoria de Dilma confirmou que ela não viria para o ato.

Apesar do recuo, a visita da presidente era vista como uma estratégia de “reaproximação” com o eleitorado, em especial em redutos onde o governo vem sendo mal avaliado. Neste sentido, começar o tour pelo país na região de Curitiba seria significativo. No segundo turno das eleições de 2014, Dilma teve apenas 27,8% dos votos válidos na capital paranaense. Na última semana, um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas revelou que 80% dos curitibanos defendem o fim antecipado do mandato da presidente – por impeachment, renúncia ou cassação.

Aeroporto

Dilma já havia lançado mão da estratégia de visitar Curitiba para “turbinar” a popularidade em outubro de 2013, quando a ela e comitiva estiveram na capital paranaense para anunciar um aporte de verbas – que somavam R$ 5,3 bilhões – para o metrô e outras intervenções de mobilidade. A obra, que sequer foi iniciada, já havia sido anunciada pela petista em 2011, quando o governo federal destinou R$ 1 bilhão para o projeto.

Se o metrô não saiu do papel, os obras de ampliação do Afonso Pena serão inauguradas com atraso. O conjunto de intervenções que custou R$ 267,1 milhões deveria ter ficado pronto até a Copa do Mundo de 2014. Mas, hoje, um ano e oito meses depois do mundial, alguns detalhes ainda precisam ser concluídos.

Apesar do atropelo, as obras quase dobraram a capacidade do aeroporto – de 7,8 milhões para 14,8 milhões de passageiros por ano.

As intervenções começaram em março de 2013, mas a nova estrutura só entrou em funcionamento parcial – “operação assistida” – em dezembro do ano passado. Além da restauração da pista de pouso e decolagem e do pátio de táxi aéreo, o aeroporto teve o pátio de aeronaves ampliado e ganhou oito novas pontes de embarque. A área total saltou de 45,9 mil metros quadrados para 112,1 mil metros quadrados.

Para atender a previsão de fluxo maior de passageiros, as obras previram a ampliação de toda a estrutura de embarque e desembarque. O número de balcões de check-in, por exemplo, passou de 30 para 62, enquanto o número de esteiras de bagagens subiu de quatro para nove. Também foram ampliados os banheiros, áreas comerciais e canais de inspeção. Oito novas escadas rolantes também foram instaladas.

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