Lava Jato

Marqueteiro do PT é preso e chega a Curitiba nesta terça-feira

Após ter a prisão decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, o ex-marqueteiro do PT João Santana desembarcou nesta terça-feira (23) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 9h25 do voo vindo de Punta Cana, na República Dominicana. Ao chegar, ele foi preso pela Polícia Federal (PF).

De SP, ele seguiu para Curitiba. Segundo o Portal G1, o marqueteiro chegou no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais , às 11h35. A esposa dele, Mônica Moura, também foi presa.

Os depoimentos de Santana e de sua mulher ainda não foram marcados, mas a expectativa da defesa é que aconteçam na quinta (25). O advogado Fábio Tofic afirmou que seus clientes “estão machucados, mas tenho confiança que darão todos os esclarecimentos possíveis”.

Depois de desembarcar em Guarulhos João Santana e a esposa foram ouvidos na sala da PF, no aeroporto, por cerca de 15 minutos pelo delegado da Lava Jato Eduardo Mauat. Eles seguiram para Curitiba por volta das 10h30 em um avião da PF, acompanhados pelo delegado.

Santana, que foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), estava na República Dominicana, onde trabalhava para reeleição do presidente Danilo Medina. O pedido de prisão do publicitário repercutiu na imprensa do país.

As investigações

Além de ter sido o “cérebro” das campanhas presidenciais do partido desde 2006, Santana é um dos conselheiros da presidente Dilma Rousseff (PT) em situações de crise. As investigações da Lava Jato decorrentes dessa fase levantam ainda mais suspeitas do envolvimento do ex-presidente Lula no esquema; e agora ele será oficialmente investigado.

Segundo a Polícia Federal (PF), há indícios de que o publicitário recebia propina oriunda da Petrobras paga ao PT. Para isso, ele usaria uma conta secreta no exterior. De acordo com as investigações, offshores ligadas à empreiteira Odebrecht fizeram transferências de US$ 3 milhões para Santana entre 2012 e 2013.

Ele também teria recebido US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, entre 2013 e 2014. Skornicki é considerado pela PF um dos operados do esquema.