Tá zika!

Bairro de Curitiba receberá mutirão para combater a dengue

Até o fim da próxima semana, cerca de 12 mil imóveis do Parolin e arredores – que abrange parte dos bairros Guaíra, Fanny, Rebouças, Água Verde, Prado Velho, Hauer e Lindóia – devem ser vistoriados por agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACE). O objetivo é eliminar possíveis focos para o desenvolvimento do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A região foi delimitada pelo fato de a área do Parolin concentrar praticamente todos os focos do mosquito encontrados no Distrito Sanitário Portão no começo deste ano.

Até a última quarta-feira (10), 21 pontos de procriação do inseto tinham sido identificados no bairro, que concentra grande população de recicladores e muitos espaços propícios para que o mosquito se desenvolva. “A área da unidade de saúde Parolin detém praticamente todos os focos do Aedes aegypti confirmados no distrito. A estratégia foi mobilizar as equipes para eliminar os focos da área e evitar que o mosquito se prolifere nos bairros vizinhos”, explica a chefe da US Parolin, Tania Mary Medeiros.

Ao todo, 28 ACSs das seis unidades básicas de saúde da regional Portão e 12 ACEs estão mobilizados na ação por parte da Secretaria Municipal da Saúde. Por determinação do prefeito Gustavo Fruet, todas as pastas do município devem estar envolvidas no combate contra o mosquito. Nos próximos dias, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente deve distribuir caçambas na região para que a população retire o lixo acumulado de suas residências e ruas.

A ação teve início na última sexta-feira (5) e está prevista para continuar até o dia 19 de fevereiro. “A varredura tem sido feita de fora [dos arredores] para dentro [Parolin], para que o mosquito não saia dessa região”, conta Tania. O mosquito pode sobrevoar uma área com 300 metros de raio.

“Identificamos a região do Parolin como uma área que merece atenção redobrada para que o Aedes aegypti não passe a conviver com moradores de outros bairros. Com o final das férias e do carnaval, a cidade deve receber mais pessoas contaminadas pelos vírus das três doenças. Não podemos permitir que esses doentes sejam picados pelo mosquito e que mais pessoas corram risco de serem contaminadas”, afirma o secretário municipal da saúde, César Monte Serrat Titton.