O perigo está próximo

Curitiba identifica cerca de 900 possíveis criadouros do mosquito da dengue

Curitiba possui cerca de 900 locais mais vulneráveis para a criação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e febre chikungunya. Classificados pela prefeitura como “pontos estratégicos”, esses lugares são mais propícios a ter espaços para o acúmulo de água parada e devem ser alvos de fiscalização rotineira para evitar a proliferação do inseto.

“Esses estabelecimentos devem tomar medidas para controle do mosquito”, afirma a coordenadora do programa de controle da dengue, Juliana Martins, da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ela, além das fiscalizações de rotina nesses locais, a prefeitura já recebeu neste ano mil reclamações de cidadãos, via Central 156, denunciando possíveis focos de reprodução do Aedes.

Juliana explica que a partir dessas denúncias as equipes de Vigilância Sanitária vão até os endereços para averiguar a situação. “Se for encontrada alguma irregularidade, o proprietário é autuado para tomar medidas para sanar o problema”, conta.

O prazo para solucionar a situação varia conforme cada caso. “Há situações que podem ser resolvidas em poucos dias e outras que levam mais tempo”, diz a coordenadora. Caso a situação não seja regularizada, o proprietário pode arcar com uma multa que pode chegar a até R$ 6 mil e a prefeitura pode ainda acionar o Ministério Público para obrigar que o cidadão tome as providências necessárias. “As fiscalizações só são realizadas por equipes uniformizadas e com crachá”, alerta ela.

Números

Segundo o novo boletim da Secretaria Estadual da Saúde, desde agosto do ano passado, 2.203 casos da doença já foram confirmados. Dois moradores de Paranaguá morreram em decorrência de complicações da dengue. Além de Paranaguá, com 614 casos, outras seis cidades também já atingiram uma taxa de incidência de casos que os colocam em situação de epidemia: Mamborê (56), Cambará (93), Munhoz de Mello (43), Santa Isabel do Ivaí (35), Itambaracá (25) e Guaraci (19). Curitiba registrou sete casos importados da doença. Outras três mortes – uma em Paranaguá e duas em Foz do Iguaçu – estão sendo investigadas para atestar se foram causadas por dengue.