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Motoristas caem em ‘pegadinha’ de cruzamento maldito

Um acidente entre um Ágile e um Siena num cruzamento confuso do Bom Retiro colocou em discussão a necessidade de mudanças no trânsito, na manhã desta segunda-feira (06). Segundo testemunhas, a batida aconteceu quando o Siena, que vinha pela Avenida Desembargador Hugo Simas, foi atingido pelo Ágile que seguia no sentido contrário e faria conversão à esquerda, na Rua Emílio de Menezes.

Os dois motoristas tiveram ferimentos leves, mas precisaram de atendimento médico. Victor Sandro, que dirigia o Siena, foi socorrido pelo Siate e encaminhado ao Hospital Evangélico. Já Carla Angolin, que dirigia o Ágile, foi sozinha até o Hospital Pilar, que fica próximo ao local do acidente. Os dois se queixavam de dores fortes no peito, nas costas e nos braços.

Pelo fato de que os dois motoristas ficaram feridos, os policiais do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) não conseguiram coletar as informações a respeito de como, oficialmente, o acidente teria acontecido. O boletim de ocorrência foi feito e os dois motoristas devem procurar o batalhão, no Capão da Imbuia, para oficializar com as duas partes como o acidente aconteceu.

Reclamação e confusão

O local do acidente é um cruzamento bem confuso, que liga o bairro Pilarzinho ao Bom Retiro, envolve três ruas e requer atenção redobrada dos motoristas. Mesmo com atenção, quem passa sempre por ali afirma que os acidentes são comuns no local.

A confusão acontece porque quem segue pela Avenida Desembargador Hugo Simas, em direção ao Centro, na maioria das vezes não percebe que o trecho em que ela se encontra com a Rua Doutor Roberto Barrozo é de duas faixas. Os acidentes acontecem quando as pessoas fazem a curva à esquerda para acessar a Roberto Barrozo e não percebem os veículos na direção contrária, ou ainda quando vão entrar à esquerda na Rua Emílio de Menezes.

“Os veículos vem no sentido que não imaginamos que possam vir e se não tivermos atenção, é acidente na certa”, disse um motorista. Segundo os próprios amigos e familiares das vítimas do acidente desta segunda-feira, foi difícil entender a sistemática do cruzamento.

O microempresário Naor Gerson Miranda, que passa sempre pelo local, disse que é um ‘prato cheio’ para que acidentes aconteçam, principalmente naqueles segundos de distração. “A gente pensa que ninguém vem no sentido contrário, mas é surpreendido. Já vi acidentes aqui, e se nada for feito algo pior vai acontecer”.

Teria solução?

O cruzamento é sinalizado e conta com três sinaleiros, mais o semáforo exclusivo para os ligeirinhos, que são privilegiados porque quando o sinal abre para eles, ninguém mais passa. O problema, segundo os próprios motoristas, está na falta de sincronização dos sinaleiros para os carros.

“A solução seria abrir em três tempos, porque aí ninguém ‘encontraria’ ninguém pela frente e resolveria”, disse um dos motoristas. Outra forma de evitar os acidentes e a confusão na cabeça dos motoristas seria transformar o final da Avenida Desembargador Hugo Simas – onde ela encontra com a Rua Albino Silva – em faixa única, pois conforme quem utiliza a região, poucos veículos passam pelo trecho.

A reportagem do Paraná Online procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba e aguarda posicionamento.