Facinho!

Perdeu os seus documentos? Saiba o lugar certo para procurar

Muitas pessoas que perdem seus documentos pessoais nem sabem, mas há uma probabilidade grande de encontrá-los em agências dos Correios, que possuem um setor de Achados e Perdidos. Sai muito mais barato e menos trabalhoso recuperar os documentos pelos Correios do que fazer uma segunda via. Apesar da facilidade, o serviço não tem sido muito procurado. Menos de 3% dos donos procuram por seus objetos.

Em Curitiba e região metropolitana, a agência que concentra este serviço é a da Avenida Marechal Deodoro. Sara Maria dos Anjos, gerente geral da agência, conta que os Correios ficam por 60 dias com os objetos (90% deles são documentos e outros 10% são carteiras, chaves, óculos, celulares, etc.). Depois disto, os documentos são devolvidos aos órgãos que os emitiram e os objetos ficam “infinitamente” guardados.

“Mas geralmente são objetos de pouco valor. Os mais caros devem ficar com quem achou ou com o ladrão. Sempre vem gente procurando aquelas chaves de carro codificadas, que custam R$ 5 mil, R$ 8 mil. Mas estas nunca passam por aqui”, lamenta a gerente.

Na agência Marechal, no início da semana passada, o setor de Achados e Perdidos tinha 3.352 objetos guardados. Em maio, apenas 100 pessoas procuraram por seus documentos ou objetos perdidos. Outros 1.268 documentos foram devolvidos aos órgãos emissores, pois não tiveram a procura dos seus donos. Há meses em que a agência chega a guardar cerca de cinco mil objetos.

Mais barato e vantajoso

A taxa pra retirar documentos e objetos perdidos é de R$ 4,75, em todo o Brasil, independente da quantidade de coisas retiradas numa única vez. Sara dos Anjos, gerente da agência Marechal, explica que sai muito mais barato do que tirar uma segunda via. “A segunda via da identidade, por exemplo, custa quase R$ 30. A de habilitação sai quase R$ 100. Sem contar a perda de tempo pra buscar um novo documento em cada órgão emissor. Não sei quanto custa tirar uma carteira de trabalho nova. Mas a grande perda, neste caso, são dos registros profissionais que a pessoa tinha nela. O Ministério do Trabalho não tem esses registros gravados em sistema. Eles só existem na carteira da pessoa. Pode prejudicar na hora de pedir a aposentadoria, por exemplo. O trabalhador tem que ir de empresa em empresa que trabalhou pedindo certidões. Mas e se a empresa já fechou? É uma dor de cabeça”, exemplifica.